Pela terceira vez, a Justiça de São Paulo adiou o julgamento do comerciante Ismael Vieira da Silva, de 26 anos, acusado de matar o estudante cuiabano Alexandre Andrade Reyes, de 18 anos, em uma briga no trânsito no mês de maio de 2008. O adiamento ocorreu na tarde desta quinta-feira (13). “O que fica é um sentimento de impunidade”, criticou Heitor Geral Reys, o pai da vítima e atual presidente da Associação dos Familiares Vítimas de Violência de Mato Grosso (AFVV-MT).
A defesa do réu entregou um documento a juíza Erica Aparecida Ribeiro alegando não ter condições de participar do Tribunal do Júri devido ao fato de, no mesmo horário, ter de estar em um outro julgamento. Com o adiamento, o júri popular do acusado, que responde ao crime em liberdade, ficou marcado para os dias 26 e 27 de março de 2012, no plenário nº 8 do Fórum Criminal da Barra Funda. Vieira da Silva foi denunciado por homicídio doloso qualificado (motivo fútil).
“A gente montou uma estrutura para vir de Cuiabá até São Paulo. Gastamos com advogado, estadia e a justiça também tem todo um custo com os jurados e juíza, então é injusto mais um adiamento”, declarou o pai da vítima ao G1.
O caso
O crime aconteceu no dia 23 de maio de 2008, na Avenida Armando de Arruda Pereira, no Jabaquara, Zona Sul da capital paulista. Alexandre Reyes morreu após levar um tiro disparado pelo motorista que dirigia uma Montana vermelha. O denunciado matou o jovem com uma arma calibre 380 devido a uma suposta briga de trânsito. A defesa de Ismael tem alegado desde o princípio que ele agiu em legítima defesa. Na época do crime, ele chegou a dizer que não atirou para matar.
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