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Nacional
Domingo - 25 de Setembro de 2011 às 21:15
Por: Pollyana Araújo

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Um homem de 30 anos foi condenado pelo Tribunal do Júri de Sorriso, a 420 quilômetros de Cuiabá, a 17 anos e 3 meses de prisão pela participação no assassinato de um pedreiro, do qual se dizia amigo, com o intuito de resgatar um seguro de vida da vítima em uma instituição bancária. O crime ocorreu em julho de 2007 e, como consta no processo, houve uma armadilha para que a vítima fosse até uma região de mata próxima à MT-242 e no local foi atropelado por um caminhão. A condenação foi na nesta sexta-feira (23).

Com uma procuração da vítima, o rapaz que possuía uma empresa publicitária de "fachada", acusado que já estava preso preventivamente, tentou comprar uma motocicleta em uma loja localizada no município no dia seguinte ao assassinato. Porém, no momento da compra, o vendedor já sabia que o autor da procuração tinha falecido e registrou boletim de ocorrência na polícia. 

A irmã da vítima relatou em depoimento à juíza Débora Roberta Pain Caldas, da 5ª Vara Criminal de Sorriso, que após a morte do irmão descobriu que, além do seguro de vida, havia uma conta bancária aberta em nome dele, porém, com endereço falso, bem como um empréstimo e um seguro de vida em benefício dos filhos.

Segundo ela, o irmão percebeu a atitude suspeita do então amigo e, depois disso, se mudou para Lucas do Rio Verde, a 360 quilômetros da capital, e há cerca de um mês antes de morrer estava trabalhando como pedreiro em uma empresa de engenharia. Recebia R$ 525 de salário registrado na carteira de trabalho. Ela afirmou que a vítima cursou apenas até a 2ª série do Ensino Fundamental e nunca teve conta em banco ou talão de cheques, sendo que mal sabia escrever o próprio nome.

Demonstrando não ter informações sobre o empréstimo e os seguros de vida, a irmã contou que a vítima informou aos familiares que o acusado faria um empréstimo no valor de R$ 50 mil para que ele comprasse uma motocicleta e ainda abrisse uma loja de venda de bicicleta. "A vítima falou que passou documentos para que o acusado fizesse um empréstimo e também pediu por diversas vezes os documentos pessoais da mãe dele, dizendo que era importante e deixaria uma porcentagem para ela", disse a irmã, em depoimento à Justiça.

No entanto, ao suspeitar da atitude do suposto amigo a vítima se mudou para Lucas do Rio Verde e disse que não teria mais contato com os integrantes da quadrilha, ainda de acordo com a testemunha de acusação. Inclusive, a mulher do acusado confessou em depoimento que o marido se fingia de amigo da vítima e que o chamava de coitado. Segundo ela, o esposo pediu ao pedreiro que fosse até as proximidades da rodovia portando tralhas de pesca e, quando a vítima chegou ao local, outros comparsas passaram por cima dele com um caminhão.

O inquérito para apurar a morte do trabalhador foi instaurado após a morte de duas pessoas desconhecidas pela família da vítima que seriam beneficiárias dele. Além de homicídio qualificado, estelionato e formação de quadrilha, o homem de 30 anos também possui várias passagens na polícia por uso de notas falsas de dinheiro, roubo e outros delitos





Fonte: Do G1 MT

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