Donos do parque Glória no Rio são proibidos de trabalhar no setor

A Justiça do Estado do Rio proibiu na quarta-feira (21), em caráter liminar, que os responsáveis pelo parque Glória Center, onde duas pessoas morreram em agosto, exerçam suas atividades. O pedido havia sido feito pelo Ministério Público do Rio.

Os donos do estabelecimento, Maria da Glória Pinto e Leandro Pinto, estão proibidos de trabalhar como empresários no ramo de diversões públicas. Já o engenheiro Luiz Soares Santiago não pode mais elaborar laudos técnicos.

Eles também estão proibidos de saírem do Rio por mais de dez dias e mudarem de endereço sem a autorização da Justiça. O trio terá que manter distância de cem metros do parque, montado no bairro de Vargem Grande, na zona oeste do Rio.

Na madrugada de 14 de agosto, dois jovens, Alessandra da Silva Aguilar e Vitor Alcântara de Oliveira, foram atingidos por parte do brinquedo "tufão" --que consiste em carrinhos que rodam enquanto ficam suspensos no ar. Alessandra morreu instantaneamente e Oliveira, três dias mais tarde. Outras nove pessoas ficaram feridas.

Posteriormente, análise feita pela polícia mostrou que os brinquedos do parque estavam em péssimo estado de conservação, o que contrariou o Laudo de Responsabilidade Técnica Mecânica expedido por Santiago, que atestava que todos os aparelhos estavam em perfeitas condições de funcionamento e dentro dos padrões mecânicos, para o uso do público em geral.

A reportagem não localizou os donos do estabelecimento e nem o engenheiro para comentar o caso.