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Nacional
Terça - 20 de Setembro de 2011 às 20:18

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Aumentar a cobertura de mamografia em mulheres entre 50 e 69 anos; ampliar a cobertura do exame preventivo do câncer do colo uterino em mulheres de 25 a 64 anos e tratar 100% das mulheres com lesões precursoras do câncer do colo do útero. As metas relativas ao combate ao câncer fazem parte do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), lançado pelo Ministério da Saúde. As metas devem ser cumpridas no período 2012-2022. A presidenta da República, Dilma Rousseff, destacou, ontem, na abertura da conferência de alto nível da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York (EUA), a necessidade de enfrentamento - prevenção e controle - das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT).
 
(Confira também Plano para reduzir mortes recebe apoio da sociedade)
 
Os cânceres de mama e do colo do útero são o segundo e o terceiro mais incidentes entre a população feminina brasileira (o primeiro é o câncer de pele não melanoma). O câncer de mama afeta 49 a cada 100 mil mulheres por ano no País; e o do colo do útero, 18 a cada 100 mil. Para 2011, são esperados 49.240 novos casos de câncer de mama e 18.430 de câncer do colo do útero. Esses dois tumores juntos foram responsáveis pela morte de 16.547 mulheres em 2008, de acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde.
 
O câncer do colo do útero é o único tipo de tumor 100% prevenível. Ele é precedido pela chamada lesão precursora. Tratada a lesão, a mulher não chega a desenvolver o câncer. De desenvolvimento lento, ele é raro em mulheres até 30 anos e a incidência aumenta progressivamente até ter seu pico na faixa de 45 a 50 anos.
 
A causa mais frequente do câncer do colo do útero é a infecção persistente pelo Papilomavírus Humano (HPV). Embora o HPV seja um vírus sexualmente transmissível, o uso de preservativo (camisinha) não impede totalmente o contágio. Em fase inicial, o câncer do colo do útero não apresenta sintomas. Por isso, é fundamental que todas as mulheres entre 25 e 64 anos façam o exame preventivo (Papanicolau). Após dois exames com resultado normal com intervalo de um ano, o exame só precisa ser repetido a cada três anos.
 
Em relação ao câncer de mama, os maiores desafios do Brasil são fazer o diagnóstico precoce e o tratamento no tempo oportuno. Identificado em estágios iniciais, quando as lesões são menores de dois centímetros de diâmetro, apresenta elevado percentual de cura. Atualmente, as taxas de mortalidade por câncer de mama no País são elevadas porque cerca de 40% dos casos são diagnosticados tardiamente.

O exame clínico anual das mamas (a partir dos 40 anos) e a mamografia, a cada dois anos, dos 50 aos 69 anos, são os métodos recomendados para a detecção precoce do câncer de mama no Brasil.
 
Primeira menstruação precoce, menopausa tardia (após os 50 anos), primeira gravidez após os 30 anos e não ter tido filhos constituem fatores de risco para o câncer de mama. A mulher, de qualquer idade, deve procurar o médico caso identifique alterações na pele que cobre a mama, como abaulamentos ou retrações, inclusive no mamilo, ou aspecto semelhante à casca de laranja. Secreção no mamilo também é um sinal de alerta.





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