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Economia
Sábado - 17 de Setembro de 2011 às 14:03

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O nível da dívida da zona do euro é provavelmente melhor que o de outras economias desenvolvidas, afirmou neste sábado o presidente do Banco Central Europeu (BCE) Jean-Claude Trichet, em uma reunião de ministros da Economia da União Europeia (UE) na Polônia.

 

 

 

 

 

"Se pegarmos a zona do euro e a UE em seu conjunto, a situação é bastante encorajadora na comparação com outras economias desenvolvidas", disse Trichet. O presidente do BCE reconheceu que aconteceram erros em alguns países quando observados individualmente, mas ressaltou que tais falhas estão sendo corrigidas.

 

 

 

 

 

Ele também recordou que o déficit da zona do euro será provavelmente de aproximadamente 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, enquanto em outras grandes economias desenvolvidas se aproxima de 10%. Neste sábado, os ministros da Economia da zona do euro debaterão um plano para taxar as transações financeiras, uma medida que gera divisões na Europa e a rejeição dos Estados Unidos.

 

 

 

 

 

"Seria melhor organizar algo sobre transações financeiras a nível mundial, mas isto é impossível", lamentou o ministro da Economia belga Didier Reynders na cidade polonesa de Breslavia. E completou: "faremos isto dentro da União Europeia". O BCE prevê um crescimento econômico dos países que compartilham o euro para 2011 de entre 1,4% e 1,8%, o que representa uma média de 1,6%.

 

 

 

Entenda
No auge da crise de crédito, que se agravou em 2008, a saúde financeira dos bancos no mundo inteiro foi colocada à prova. Os problemas em operações de financiamento imobiliário nos Estados Unidos geraram bilhões em perdas e o sistema bancário não encontrou mais onde emprestar dinheiro. Para diminuir os efeitos da recessão, os países aumentaram os gastos públicos, ampliando as dívidas além dos tetos nacionais. Mas o estímulo não foi suficiente para elevar os Produtos Internos Brutos (PIB) a ponto de garantir o pagamento das contas.

 

 

 

A primeira a entrar em colapso foi a Grécia, cuja dívida pública alcançou 340,227 bilhões de euros em 2010, o que corresponde a 148,6% do PIB. Com a luz amarela acesa, as economias de outros países da região foram inspecionadas mais rigorosamente. Portugal e Irlanda chamaram atenção por conta da fragilidade econômica. No entanto, o fraco crescimento econômico e o aumento da dívida pública na região já atingem grandes economias, como Itália (120% do PIB) e Espanha.

 

 

 

Um fundo de ajuda foi criado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco Central Europeu (BCE), com influência da Alemanha, país da região com maior solidez econômica. Contudo, para ter acesso aos pacotes de resgates, as nações precisam se adaptar a rígidas condições impostas pelo FMI. A Grécia foi a primeira a aceitar e viu manifestações contra os cortes de empregos públicos, programas sociais e aumentos de impostos.

 

 

 

Os Estados Unidos atingiram o limite legal de endividamento público - de US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões) - no último dia 16 de maio. Na ocasião, o Tesouro usou ajustes de contabilidade, assim como receitas fiscais mais altas que o previsto, para seguir operando normalmente. O governo, então, passou por um longo período de negociações para elevar o teto. O acordo veio só perto do final do prazo (2 de agosto) para evitar uma moratória e prevê um corte de gastos na ordem de US$ 2,4 trilhões (R$ 3,7 trilhões). Mesmo assim, a agência Standard & Poor"s retirou a nota máxima (AAA) da dívida americana.




Fonte: AFP

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