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Educação/Vestibular
Quinta - 15 de Setembro de 2011 às 13:02

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Trabalhadores da Educação do município de Nova Guarita, a 667 km de Cuiabá, decidiram em assembleia geral realizada na tarde de hoje (14), que a greve continua até que o Executivo Municipal elabore e implante do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), inclua todos os profissionais no Plano (inclusive funcionários da Educação) e garanta reajuste salarial. Segundo a secretária de Redes Municipais da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Walquíria Helena Guedes, “Continuaremos em greve até que eles cumpram a lei. Não estamos pedindo nada mais do que está na Constituição Federal”.

A sindicalista conta que os profissionais da educação estão com os salários cortados desde a segunda quinzena de agosto. Além disso, ela relata a pressão que a categoria sofre diariamente para retornar ao trabalho. “O Executivo Municipal está pressionando os trabalhadores da educação para que retornem ao trabalho, até colocaram anúncio nas rádios, mas não demonstram vontade alguma de negociar com a categoria, muito pelo contrário, não nos recebem”, frisa.

Segundo Walquíria Guedes, o prefeito Antônio Zanatta disse aos profissionais que não é possível atender às reivindicações. Ela informa que a situação está muito complicada no município devido à truculência do prefeito e que a categoria está mobilizada e não desistirá da luta por Educação de qualidade.

Autoritarismo no Executivo Municipal - A luta pela reestruturação do PCCS começou em junho deste ano, quando a categoria ficou em greve entre 21 e 28 daquele mês. A paralisação foi encerrada em função de um acordo que resultou na formação de uma comissão para elaboração do Plano. Tal encaminhamento só foi possível após o titular da Vara Única da Comarca de Terra Nova do Norte, juiz Érico de Almeida Duarte, propor uma audiência de conciliação entre a categoria e o Executivo Municipal. Os estudos foram feitos, mas o gestor não cumpriu o compromisso firmado.

O prefeito da cidade, Antônio José Zanatta, ao perceber a mobilização dos trabalhadores da educação, iniciou as retaliações ao movimento. No dia 04 de agosto, ele exonerou a diretora de escola, Monalisa Soraia Roese, que ocupa o cargo de vice-presidente do Conselho do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Isso porque a prefeitura foi alvo de denúncia por manter servidores de outras secretarias na pasta com recursos na Educação.

Além disso, a categoria denunciou que duas funcionárias da educação receberam, juntamente com o salário, pagamento de hora extra sem terem sequer comparecido ao trabalho. "Apesar de terem votado contra a greve, não houve aulas, não tinham alunos nas escolas, portanto, não poderiam ter recebido a gratificação", protestou Walquíria Guedes. De acordo com a sindicalista, o secretário municipal de Educação, Dalcio Conceição de Araújo, disse que as servidoras receberam hora extra por terem desempenhado um bom trabalho.

No dia 08 de agosto, em uma reunião, o Conselho Deliberativo Escolar não aceitou tais atitudes do Executivo Municipal. Por este motivo, o prefeito Antônio Zanatta juntamente com a equipe da Secretaria Municipal de Educação, reconheceu o erro e reconduziu a diretora de escola ao cargo. Além disso, as duas servidoras que receberam hora extra sem terem trabalhado tiveram que devolver os benefícios.






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