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Saúde
Quinta - 18 de Agosto de 2011 às 11:57

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Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) mostram que a hipertensão arterial e o diabetes são as principais causas da insuficiência renal crônica. A doença é um problema de saúde pública mundial: mais de um milhão de pacientes no mundo encontra-se em programa de diálise, a terapia renal substitutiva. Cerca de dez milhões de brasileiros têm alguma disfunção renal e mais de 92 mil pacientes fazem hemodiálise no país. Os hipertensos e diabéticos merecem atenção especial porque fazem parte do grupo de risco. Estima-se que existem no Brasil cerca de 35 milhões de hipertensos e 7 milhões de diabéticos.

Segundo o presidente da SBN, Daniel Rinaldi dos Santos, a hipertensão arterial é a principal causa de doença renal crônica dialítica, responsável por 35% dos pacientes em diálise. Outros 27,5% fazem hemodiálise em função do diabetes - a segunda causa de doença renal crônica no Brasil. Rinaldi explica ainda que de 30% a 40% dos pacientes portadores de diabetes tipo 1 podem evoluir para perda de função renal e de 10% a 40% dos diabetes tipo 2 - o mais frequente - evoluem com alteração da função renal. O tratamento adequado tanto da hipertensão quanto do diabetes impede ou retarda o risco de desenvolvimento da insuficiência renal crônica.

O diagnóstico precoce de disfunção renal no diabetes pode ser feito com a pesquisa da proteína albuminúria na urina. Já a dosagem sanguínea de creatinina deve ser realizada em todo paciente com diabetes e hipertensão. "Através desse procedimento, que é um exame simples e barato, disponível na rede pública, podemos determinar em qual estágio da insuficiência renal se encontra o paciente", explica Rinaldi.

Uma das principais medidas de combate à disfunção renal é o controle da hipertensão arterial e do diabetes. Para isso, é preciso uma combinação de cuidados na alimentação, hábitos de vida saudáveis e medicamentos específicos. Além dos fatores genéticos, existem questões ambientais como, por exemplo, o excesso de consumo de sal, o baixo consumo de potássio presente em frutas e legumes e até o estresse. O ideal, diz Rinaldi, é uma dieta restrita em sal, pobre em carboidratos (para diabéticos), com restrição de gorduras e pouca carne vermelha. A obesidade e o sedentarismo também influenciam de forma significativa.

Os dados da SBN alertam também para as complicações nefrológicas na gestação. Em uma gravidez normal, a mulher tem uma queda na dosagem de creatinina no sangue. "Qualquer elevação nessa dosagem significa uma gestação de alto risco, com possibilidade de complicações graves para a mãe e o feto", afirma Rinaldi.





Fonte: Terra

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