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Economia
Quinta - 11 de Agosto de 2011 às 23:52
Por: GIULIANA VALLONE

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Dados positivos sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos animaram os investidores nesta quinta-feira e anularam as perdas da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) nesta semana.

Depois de fechar em queda de mais de 8% na segunda-feira, a maior desvalorização desde outubro de 2008, a Bolsa paulista conseguiu fechar em alta por três sessões consecutivas, acumulando variação positiva de 0,74% na semana. No mês, porém, o mercado brasileiro ainda tem queda de 9,31%.

Hoje, o Ibovespa, o termômetro dos negócios da Bolsa paulista, subiu 3,79%, atingindo os 53.343 pontos. O giro financeiro foi de R$ 8,45 bilhões.

Nos Estados Unidos, o Dow Jones teve alta de 3,95%, voltando ao patamar de 11 mil pontos. O Nasdaq, dominado pelo setor tecnológico, subiu 4,68%, enquanto o índice ampliado Standard & Poor"s 500 registrou valorização de 4,62%.

O dólar comercial foi negociado por R$ 1,623, na venda, em queda de 0,12%. Já o dólar turismo foi vendido por R$ 1,740 e comprado por R$ 1,570 nas casas de câmbio paulistas.

Para o diretor da Título Corretora, Marcio Cardoso, existem muitas ações baratas no mercado, o que atrai investidores. "Foi um dia de procura pelos papéis. Temos visto uma procura do varejo pela Bolsa novamente, os investidores estão começando a voltar", afirmou.

De acordo com ele, no entanto, a volatilidade ainda deve ser a principal tendência do mercado nos próximos dias. "A Bolsa está chegando perto dos 55 mil pontos, muita gente que comprou quando a pontuação estava em 49 mil pontos vai vender quando chegar a esse patamar. A gente pode esperar mais volatilidade."

EUA

Menos norte-americanos entraram para a lista de desempregados na semana passada, e esse raro relatório positivo sobre a economia dos EUA impulsionou as Bolsas hoje.

O número de pessoas que entrou com pedido inicial de recebimento do auxílio-desemprego caiu em 7.000 na semana passada, para 395 mil, contra previsão de 400 mil.

Foi a primeira vez que o número ficou abaixo dos 400 mil em quatro meses, um sinal de que o mercado de trabalho norte-americano pode estar melhorando lentamente.

Os investidores tem visto poucos dados positivos sobre a economia dos EUA desde que o governo anunciou no mês passado que o ritmo de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no primeiro semestre de 2001 foi o pior desde que a recessão acabou, em 2009.

As preocupações sobre a recuperação fraca da economia e o primeiro rebaixamento da nota da dívida americana da história contribuíram para a grande volatilidade das Bolsas nesta semana.

Além disso, as preocupações com a crise de endividamento na Europa também influenciaram os mercados. Os investidores se concentraram particularmente nos bancos franceses nos últimos dias.

Hoje, o presidente do Banco Central da França afirmou que os bancos do país estão sólidos, e culpou "rumores infundados" pela forte queda em suas ações.

Os líderes da França e da Alemanha, as maiores economias da região, afirmaram que vão se encontrar na semana que vem para conversar sobre como resolver as dificuldades financeiras da Europa.

O mercado teme que os problemas de endividamento dos países europeus poderiam prejudicar os bancos que possuem títulos da dívida de alguns deles.

Por conta da grande interligação do sistema financeiro global, problemas nos bancos europeus poderiam levar mais estragos às instituições financeiras e à economia dos Estados Unidos.






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