Assassinatos em Mato Grosso devem ser punidos de forma exemplar, diz Jayme Campos

O senador Jayme Campos (DEM-MT) lamentou nesta terça-feira o aumento nos índices de violência em Mato Grosso, destacando em discurso no Plenário do Senado Federal que, em poucas semanas, dois prefeitos e um jornalista foram barbaramente assassinados.

Jayme Campos citou que, somente em Cuiabá, do início do ano até agora, foram cometidos 203 assassinatos, com predominância na faixa dos 18 aos 24 anos. “São vítimas anônimas, sem rosto, sem biografia, que apenas alimentam as estatísticas. Elas apontam um crescimento de 16% nos casos de homicídios na Baixada Cuiabana do ano anterior para 2011”, disse.

Durante o discurso, o senador pediu que todos esses crimes não fiquem impunes. “É preciso combater o crime em todas as suas esferas. O sangue de qualquer vítima da violência mancha nossa soberania. E, no caso de Mato Grosso, três assassinatos estão tingindo nossa bandeira com as cores da impunidade, da insegurança e da vergonha. Portanto, rogo para que o Estado faça justiça punindo os autores destes crimes de forma exemplar”, pediu o senador.

Segundo o senador, para aumentar o clima de insegurança em Mato Grosso, a Polícia Civil está em greve. “Este movimento, embora legítimo, contribui para o sentimento de desamparo de nossa comunidade”, disse Jayme Campos que também fez um apelo para que os líderes da polícia e o governo retomem o diálogo e “coloquem um termo final à paralisação da categoria, devolvendo ao povo a tranqüilidade e a paz tão almejadas”.

Repórter – Jayme Campos disse que o jornalista Auro Ida foi assassinado sem chance de defesa. “Era um repórter com quase trinta anos de vida profissional na região, que sempre foi admirado por sua inteligência, coragem e correção. Morreu aos 53 anos de idade, executado com seis tiros e sem qualquer chance de defesa. Seu assassinato ainda não foi elucidado pela polícia”, disse.

Sobre o prefeito Valdemir Antonio da Silva, da cidade de Novo Santo Antonio, o senador destacou que ele foi cruelmente assassinado em sua própria residência, “na frente de seus dois filhos menores de idade. Até agora a cidade está traumatizada, procurando explicações para tamanha barbaridade. Suspeita-se de motivação política para o crime. Ontem a polícia prendeu dois suspeitos e um deles teria confessado a participação no homicídio”.

Democrata – A outra morte destacada por Jayme Campos no discurso foi a do prefeito de Nova Canaã do Norte, Antonio Luiz César de Castro. “Nosso companheiro, o Luizão, também foi vítima de balas assassinas; político hábil e excelente gestor público. A morte prematura ceifou uma carreira em ascensão: duas vezes eleito prefeito, Luizão caminhava agora para disputar uma vaga na Assembléia Legislativa de Mato Grosso”, disse o senador, destacando ainda que o partido está de luto “pela perda irreparável desta liderança emergente em nossa comunidade”.