Síndica não deixa Itaú retirar marca do Conjunto Nacional
Multado em R$ 14 milhões pela Prefeitura de São Paulo por desrespeitar a Lei Cidade Limpa, o Itaú quer tirar sua logomarca do topo do Conjunto Nacional, na av. Paulista. Mas a síndica não deixa.
Pela publicidade, que fica ao lado de um relógio luminoso, o banco pagava R$ 300 mil ao condomínio por mês.
Em 2005, o Condephaat (órgão estadual do patrimônio histórico) tombou o Conjunto Nacional. Mas nada se falou sobre a publicidade.
Com a Lei Cidade Limpa, que é de 2007, o Itaú perguntou ao Condephaat se a propaganda era tombada. A resposta saiu em maio: o relógio deve ser preservado, mas a publicidade não.
A prefeitura deu até 18 de julho para o banco providenciar a retirada da publicidade. Enquanto isso, a propaganda fica apagada.
No último dia do prazo, o banco procurou a síndica Vilma Peramezza, mas foi informado de que sua entrada será barrada.
A reportagem procurou a síndica, mas ela não retornou as ligações. A Folha apurou que ela acredita haver uma brecha na decisão do Condephaat. Diante disso, ela quer que o Itaú volte a pagar os R$ 300 mil de luvas.
A prefeitura, no entanto, entende que a propaganda está irregular. Como o prazo para a retirada da logomarca já venceu, o banco está sujeito a nova multa.
A instituição, que vai continuar dando manutenção ao relógio, estuda apresentar um recurso administrativo.
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