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Internacional
Sábado - 23 de Julho de 2011 às 06:35

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O advogado Peter J. Kahn, parte da equipe de defesa do americano que trabalha para uma empresa terceirizada detido em Cuba, Alan Gross, pediu na sexta-feira às autoridades de Havana sua pronta libertação por "razões humanitárias".

Gross, detido em dezembro de 2009 e condenado em Havana a 15 anos de prisão por participar de supostos "planos subversivos contra Cuba", compareceu em uma audiência de apelação perante a Corte Suprema Popular, que deve emitir uma decisão.

"Mantemos a esperança de que a sentença do Tribunal Supremo de Cuba seja uma que lhe permita se reunir em breve com sua família, após cumprir quase 20 meses em uma prisão cubana", disse Kahn, em comunicado emitido em Washington.

"Ao mesmo tempo, continuamos pedindo às autoridades cubanas que considerem a difícil situação familiar de Alan e o ponham em liberdade imediatamente por razões humanitárias", enfatizou o advogado.

Segundo Kahn, o funcionário, representado pela advogada Nuris Piñero, "agradeceu que lhe permitisse estar presente para os argumentos desta sexta-feira, e de ter tido a oportunidade de fazer uma breve declaração ao tribunal".

"Alan reiterou que nunca teve intenção de prejudicar o Governo cubano ou seu povo, e que sempre acreditou --ainda hoje-- na soberania da nação cubana e de seu povo", afirmou Kahn.

"Tal como argumentou a advogada de Alan perante o tribunal, sua pena de 15 anos em uma prisão cubana não se justifica nem pela lei nem pelos fatos do caso", observou Kahn.

Gross, de 62 anos, foi detido por distribuir material tecnológico a uma comunidade judaica na ilha e trabalhava para a empresa Development Alternatives (DAI), uma terceirizada da Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) dedicada a trabalhos de desenvolvimento em outros países.

A audiência realizada na Sala dos Delitos contra a Segurança do Estado do Tribunal Supremo transcorreu a portas fechadas e só alguns detalhes após foram conhecidos depois de sua conclusão mediante uma nota publicada em uma página de internet cubana oficial.

Segundo o "Cubadebate", Gross "expôs os critérios que considerou pertinentes ao exercer o direito de última palavra que lhe concedeu o Tribunal, e agradeceu a possibilidade de explicá-los pessoalmente para os juízes".

A sentença definitiva do Tribunal Supremo de Cuba será divulgada "nos próximos dias", de acordo com a mesma fonte.

O caso contra Gross se transformou em outro foco de tensão entre Havana e Washington, que não mantêm relações diplomáticas desde 1961.





Fonte: DA EFE

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