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Cidades/Geral
Sexta - 22 de Julho de 2011 às 07:41
Por: Welington Sabino

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Embates com o governo que não resultaram em acordo para suspender o movimento grevista entre os servidores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema/MT) ganham contornos políticos a partir desta sexta-feira quando os sindicalistas vão pedir a “cabeça” do secretário Alexander Maia. Murilo Covezzi, porta-voz do comando grevista afirma que já elaboram um processo por assédio moral para levar ao Ministério Público, pois Maia que além de deixar a desejar à frente da pasta, uma vez que é policial militar e ocupa um cargo técnico por indicação política, tem segundo o sindicalista, perseguido os servidores e feito diversas ameaças. Ele garante que vão lutar pela "derrubada" do secretário.

“Vamos bater na gestão da Sema que tem sido muito fraca, pois é inadmissível que uma secretaria com 800 servidores tenha 50% do quadro composto por servidores contratados pelo município e sem concurso”, informa Covezzi. A radicalização, é segundo ele, para questionar o governo sobre o motivo do recuo na proposta salarial pleiteada pela categoria e que já teria sido prometida pelo secretário César Zílio (SAD) na última terça-feira, mas não foi apresentada. O reajuste proposto mais uma vez pelo governo, foi na verdade, a mesma proposta já recusada desde o início da greve.

Ele afirma ainda que os servidores de alto escalão da pasta indicados por políticos são os responsáveis por manchar o nome da secretaria, uma vez que não têm conhecimentos técnicos e costumam ser alvos de operações da Polícia Federal. “A cada seis meses a PF está perseguindo a Sema para prender esses apadrinhados políticos, que se envolvem em operações ilegais. E sem conhecimentos específicos como é possível fazer uma gestão ambiental?” questiona Covezzi.

Os servidores, que atualmente recebem R$ 2,8 mil, reivindicam salário inicial de R$ 6 mil e R$ 11,3 mil no final da carreira. Sindicato dos Trabalhadores em Entidades Públicas de Meio Ambiente (Sintema) também cobra desde 2007 a reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). Governo acena com 33% de reajuste divididos em 3 anos.

Articulações: Os servidores já articulam para obter o apoio do setor produtivo e do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem/MT) que serão afetados com os impactos negativos da greve. Também já lutam pelo apoio da deputada Luciane Bezerra (PSB), que antes do recesso parlamentar prometeu trancar a pauta na Assembleia para forçar o Estado a atender o pleito da categoria e por um fim na greve. Com a tática, ela pretende atingir o governo do Estado em pontos cruciais, barrando o andamento de matérias ao pedir vistas para todas as mensagens do Executivo.

Ainda conforme Murilo Covezzi, uma grande manifestação está sendo organizada com os grevistas da Polícia Civil e do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) que também suspenderam a greve por alguns dias, mas ameaçam, conforme o sindicalista cruzarem os braços na próxima segunda-feira (25).

Outro lado: Secretário Alexander Maia diz que “vivemos num estado democrático de direito, e não questiona a decisão de fazerem greve. Entretanto, rebate com acusações de que existem muito jogo de interesse entre os grevistas, uma vez, que a decisão teria sido por diferença de 10 votos, ou seja, 90 favoráveis a greve e 80 contrários. Garante que o sindicato não representa a maioria, pois na Sema existem dois sindicatos e que tem “consciência de que está fazendo seu trabalho bem feito em prol da sociedade mato-grossense”. Questionado sobre os tais interesses, ele prefere não criar polêmica.

Cita por exemplo, que em 2010, conseguiu junto ao Silval Barbosa readequação de classes para 130 servidores e que os prejuízos da greve terão que ser ressarcidos para a sociedade através da Justiça que vai mais uma vez responsabilizar o sindicato.





Fonte: Do GD

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