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Sexta - 15 de Julho de 2011 às 13:14
Por: Kelly Martins

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Ilustração

O Ministério Público Estadual pede à Justiça a pena máxima de prisão ao professor de música Mário Felipe Bach, de 45 anos, pelo crime de estupro de vulnerável contra 18 crianças que estudam em uma escola municipal de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. O professor é deficiente visual e acusado de abusar das alunas dentro da escola como também em sua própria residência.

A promotora de justiça Josane Fátima de Carvalho encaminhou na quinta-feira (13) à Terceira Vara Criminal de Várzea Grande as alegações finais do processo contra o professor pelos abusos que teriam ocorrido em 2009. Ele foi preso no mesmo ano, mas ganhou a liberdade após uma liminar. Porém, Mário tem um mandado de prisão em aberto e está foragido desde de 2010.

Por outro lado, o advogado Jesuíno de Farias nega todas as acusações que recaem sobre o professor e alega que só vai se manifestar após a conclusão do processo.

Abusos
De acordo com a denúncia, o professor teria abusado de crianças entre 6 e 11 anos de idade. Em troca de atos libidinosos, segundo o MPE, ele oferecia dinheiro e presentes às alunas, além de passar vídeos pornográficos.

Em depoimento na Delegacia de Proteção à Mulher, Idosos e Crianças de Várzea Grande, as vítimas teriam relatado que os abusos ocorriam dentro da sala de aula, na residência do professor, quando marcava ensaios, e ainda em um parque de uma universidade da capital.

Nas alegações finais consta que “não há dúvida de que a pena deve ser exasperada no seu triplo, em consideração ao número de infrações cometidas, à quantidade de vítimas e às circunstâncias judiciais desfavoráveis ao acusado”. O crime de estupro de vulnerável prevê pena de 8 a 15 anos de reclusão.

Para a promotora, as declarações das vítimas são firmes e coerentes, convergindo no sentido de apontar o denunciado como o autor dos abusos.

Investigação
Tudo começou quando a mãe de uma das crianças ouviu a filha contando o ocorrido a uma colega de escola. Ela gravou a conversa pelo celular e foi buscar explicações no colégio. Uma reunião entre pais, professores e alunos foi feita e aos poucos as crianças foram contando o que o professor de música fazia em sala e na casa dele.

As 18 crianças fizeram exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) de Cuiabá. Na época, o laudo apontou que não houve penetração em nenhuma das vítimas. Mesmo com o resultado, o processo tramita embasado em detalhes dos depoimentos das alunas.

Foragido
A primeira audiência do processo criminal contra o professor de música foi realizada em março, no entanto, ele não compareceu para se defender das acusações. O advogado Jesuíno de Farias disse que não conseguiu revogar o mandado de prisão em aberto.

Mário Bach até hoje não foi encontrado pelas autoridades policiais e nunca houve denúncia sobre o paradeiro dele. De acordo com o advogado, o professor estaria morando em Cuiabá com a esposa e trabalhando como massagista.





Fonte: G1 MT

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