Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo apresentará estudo durante o 7º Congresso Brasileiro do Cérebro Comportamento e Emoções, em Gramado (RS)
Pesquisadores da USP descobrem método que identifica pacientes com maior chance de desenvolver Alzheimer
Uma técnica que permite antecipar um possível diagnóstico de Alzheimer antes da doença se manifestar. O assunto será abordado durante o 7º Congresso Brasileiro do Cérebro, Comportamento e Emoções, realizado entre os dias 15 e 18 de junho, em Gramado (RS). No encontro, a equipe de psiquiatria da USP, encabeçada pelo Professor Orestes Vicente Forlenza, apresentará resultados de estudos que beneficiará a população, em especial as pessoas da terceira idade, mais suscetíveis ao problema.
A doença de Alzheimer é uma manifestação degenerativa do cérebro ocasionada pelo acúmulo de proteínas no cérebro (principalmente a proteína β-amilóide e a proteína Tau hiperfosforilada) que causam morte neuronal e atrofia cerebral progressiva. O início das manifestações desta doença geralmente ocorre após os 65 anos. O portador apresenta perda de habilidades mentais, como a capacidade de se lembrar de eventos recentes e de memorização, pensamento, raciocínio e a linguagem e também causam alterações no comportamento.
O psiquiatra da Universidade de São Paulo, Dr. Breno Satler Diniz, revela o teor destes trabalhos do dia 16 de junho, durante o 7º Congresso Brasileiro de Cérebro Comportamento e Emoções: “O trabalho descreve os padrões de alterações em biomarcadores de líqu or e plasma nos pacientes sob risco elevado de desenvolver Alzheimer. Com essa técnica, poderemos identificar precocemente pacientes sob maior risco de desenvolver esta doença e selecionar pacientes que se beneficiariam de opções terapêuticas mais específicas precocemente”, explica o pesquisador.
Impacto do Alzheimer
Cerca de 10% das pessoas com mais de 65 anos, e 25% com mais de 85 anos, podem apresentar algum sintoma de alzheimer, sendo que em vários casos, o quadro evolui para demência. A partir do diagnóstico, o tempo médio de sobrevida varia de 8 a 10 anos. De acordo com estatísticas divulgadas pela Academia Brasileira de Neurologia e do Ministério da Saúde, entre 1999 e 2008, as mortes decorrentes da doença cresceram 586% em todo o Brasil. Foram 7.882 vítimas em 2008, ante 1.076 óbitos registrados em 1999 – em sua maior parte indivíduos de etnia branca e residentes da Região Sudeste.
Causas:
As causas da doença ainda são desconhecidas, mas sabe-se que existem relações com certas mudanças no processamento de proteínas no cérebro, causando alterações nas terminações nervosas e nas células cerebrais que interferem nas funções cognitivas. De acordo com especialistas, alguns fatores estabelecem uma correlação com a doença. São eles:
- Aspectos neuroquímicos: diminuição de substâncias através das quais se transmite o impulso nervoso entre os neurônios, tais como a acetilcolina e noradrenalina.
- Aspectos ambientais: exposição/intoxicação por alumínio e manganês.
- Pré-disposição genética em algumas famílias, não necessariamente hereditária.
Serviço:
Evento: 7º Congresso Brasileiro de Cérebro, Comportamento e Emoções
Data: 15 a 18 de junho
Local: Gramado (RS)
Informações: www.cbcce.com.br
Programação completa: http://www.cbcce.com.br/programacao/
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