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Copa 2014
Segunda - 23 de Setembro de 2013 às 09:01

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Para comprovar que não existiu má fé na aquisição das cadeiras que atenderão a Arena Pantanal e que insinuações quanto aos prazos de entrega que ultrapassariam 2015 quando o evento é 2014, o secretário extraordinária da Copa do Mundo, Maurício Guimarães determinou a suspensão no pagamento de R$ 19,44 milhões. O Ministério Público, através de decisão do promotor Clóvis de Almeida Jr, da 36ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público instaurou investigação de sobrepreço nos valores das cadeiras, mas ainda não tem dados que comprovam ter ou não existido irregularidades.


 
Em notificação, o Ministério Público solicitou a Secopa e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES que financia a obra que se abstenham de efetuar os pagamentos enquanto os contratos são avaliados e analisados. Como ainda não se sabe se serão ou não detectados falhas, a intenção é acelerar as investigação para, se necessário promover uma nova licitação para aquisição das referidas cadeiras que no caso de Mato Grosso são de três tipos diferentes e de qualidade superior se comparado com outras arenas como de Brasília que no custo final custou mais de R$ 1,1 bilhão, contra os pouco mais de R$ 580 milhões da Arena Pantanal.


 
O assunto se tornou polêmico ao ponto do vereador Dilemário Alencar (PTB) presidente da Comissão de Acompanhamento da Copa na Câmara de Cuiabá cobrar na última terça-feira, providências quanto ao que considera como discrepância nos preços.


 
A licitação para aquisição das cadeiras da Arena Pantanal foram vencidas pela Kango do Brasil Equipamentos Esportivos, a mesma que forneceu as cadeiras para o Estádio Nacional Mané Garrincha em Brasília. No caso de Mato Grosso são 44,5 mil cadeiras a um custo de R$ 19,44 milhões. Já no Distrito Federal foram consumidos R$ 12,7 milhões para instalar 72,4 mil cadeiras.


 
No comparativo, a Secopa pagou 2,5 vezes ou R$ 436,8 por cadeira a mais que o valor pago em Brasília que desembolsou R$ 175.


 
O secretário Maurício Guimarães, no entanto, nega, aponta que a qualidade das cadeiras de Mato Grosso são superiores e que a média de custo tem que ser feita pelo valor total da obra. “Não há como fazer uma comparação, são produtos diferenciados com especificações técnicas diferentes”, acrescentou ele.


 
O secretário frisou ainda que alguns espaços da Arena Pantanal serão preservados e não terão assentos por questões estratégicas, o que só acontecerá após o mundial, por isso a decisão de se prever a instalação, renovação e conservação das cadeiras instaladas para os jogos e posterior a eles em 2015. “Apesar das críticas o Governo do Estado está fazendo a Copa do Mundo voltada para um legado, para sua continuidade, então estamos prevendo a real e necessária utilização da Arena Pantanal para depois dos jogos, dando uma utilização para a mesma”, explicou o secretário.


 
Maurício Guimarães reafirmou que a inauguração da Arena Pantanal está marcada da janeiro de 2015 e não deverá sofrer mais atrasos.





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