Bandeiras foram hasteadas em casas e dezenas de torcedores não se acanharam em ir trabalhar com a camiseta do clube. "Separei uma para usar hoje e outra amanhã, independente do resultado", afirma a vendedora Rosane Basso, 25 anos. "Acredito muito na vitória, mas estou desde ontem muito nervosa".
No bairro Carianos, localizado próximo ao Estádio da Ressacada, além de várias casas pintadas de azul os moradores colocaram bandeiras nas sacadas. Pelo centro de Florianópolis, a cores predominantes eram a do uniforme avaiano.
"Vamos vencer por dois a um e fazer história", afirma o vendedor ambulante Valdeci José Assign, 46 anos, que foi um dos primeiros a comprar ingresso para o jogo desta quarta-feira e não perde a oportunidade de provocar o rival local. "Só que iremos fazer bem mais do que o Figueirense fez".
Em 87 anos de história, o Avaí - dono de 15 títulos estaduais e um brasileiro da série C - nunca chegou tão longe em uma competição nacional. Os avaianos querem, ao menos, igualar o feito do arquirival Figueirense, que em 2007 chegou à final contra o Fluminense. Na época, o alvinegro revelou jogadores como os meias Henrique e Marquinhos Paraná, mas acabou com o vice-campeonato depois de ser derrotado por um a zero em seus domínios.
Mas para boa parte da torcida, chegar à final não basta: é preciso vencer a Copa do Brasil, façanha conquistada por apenas um time de Santa Catarina. Em 1991, o Criciúma comandado pelo então desconhecido técnico Luiz Felipe Scolari desbancou o favorito Grêmio e foi o único clube do estado a vencer a competição.
A boa notícia do dia para a torcida do Avaí foi o efeito suspensivo para o atacante Rafael Coelho, artilheiro do time na Copa do Brasil ao lado de William, com cinco gols. Ele ficou de fora dos últimos três jogos após a punição imposta pela pancadaria ocorrida ao final da partida contra o Botafogo, ainda pelas oitavas-de-final da competição.
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