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Quarta - 25 de Maio de 2011 às 07:21
Por: Fabian Chacur

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A roqueira baiana Pitty releu em seu novo trabalho o sucesso Se Você Pensa, de Roberto Carlos
A roqueira baiana Pitty releu em seu novo trabalho o sucesso Se Você Pensa, de Roberto Carlos

 

 

 

 

Pitty iniciou sua carreira discográfica em 2003, com o CD Admirável Chip Novo. Nesses oito anos, ela se firmou como uma das grandes presenças femininas do rock brasileiro.

Com personalidade, estilo, muito talento e também muita beleza, a cantora, compositora e guitarrista baiana merece o respeito da crítica especializada.

Seu novo trabalho, o DVD/CD A Trupe Delirante no Circo Voador, foi gravado ao vivo no Circo Voador, no Rio, e mistura músicas de seu mais recente CD de estúdio, Chiaroscuro (2009), com algumas antigas e regravações.

Em entrevista exclusiva ao R7 via e-mail, Pitty fala sobre o A Trupe Delirante..., a carreira e até sobre se tem vontade de ter filhos.

R7 - O que te levou a escolher o Circo Voador como local para a gravação de seu novo CD/DVD ao vivo?
Pitty
- Como o outro DVD foi feito em São Paulo, dessa vez queria fazer numa cidade diferente. O Circo é um lugar muito especial pra gente e me pareceu ideal para captar um show do jeito que eu queria: catártico.

R7 - Usar Trupe Delirante No Circo Voador como título diz um pouco do que é esse trabalho ao vivo? Como surgiu a ideia desse título?
Pitty
- Surgiu durante os ensaios e preparação para o DVD. Quanto mais gente se juntava à equipe, mais eu tinha essa sensação de "trupe". E todos nós ali, imersos no processo criativo, delirando juntos e tendo ideias. A coisa foi adquirindo um teor lúdico e psicodélico, e achei que um nome como esse definiria bem o resultado final.

R7 - Fale um pouco sobre o repertório do DVD/CD, no qual você relê 10 das 11 faixas do Chiaroscuro e ainda resgata 3 faixas de seu primeiro CD, Admirável Chip Novo. Qual foi o critério de seleção das 17 faixas?
Pitty
- Vontade. Queríamos priorizar o Chiaroscuro por ser o disco da turnê atual e ainda não registrado em imagens. No primeiro DVD, já havíamos englobado os dois primeiros discos, então não queria repetir e regravar as mesmas músicas. Resolvemos resgatar uns lados B da carreira que não entraram no {Des}Concerto e juntar ainda uma inédita e uma versão de Roberto Carlos.

R7 - Como surgiu a ideia de reler a música Senhor das Moscas? Você já as havia tocado antes em shows?
Pitty
- Senhor das Moscas surgiu totalmente por acaso. Tínhamos convidado Fábio Cascadura para cantar Sob o Sol, parceria nossa. Durante os ensaios, a gente tocou essa outra que é da banda dele (Cascadura), meio num esquema jam session. Ficou muito incrível e decidimos gravar as duas no dia. E ainda bem que surgiu essa ideia; ela acabou ficando muito melhor do que Sob o Sol ao vivo e ganhou espaço no DVD por puro mérito.

R7 - E como surgiu a ideia de regravar Se Você Pensa, sucesso de Roberto Carlos nos tempos da Jovem Guarda?
Pitty
- Se Você Pensa originalmente tinha sido escolhida por nós para fazer parte de um projeto na época das comemorações pelos 50 anos de carreira dele. O projeto não foi adiante mas essa versão não saía da minha cabeça, deu dó de não usá-la para nada. Adoro essa letra, essa música, é boa de tocar. Na hora de montar o repertório do DVD me lembrei dessa nossa versão e decidimos aproveitá-la.

 

R7 - Comum de Dois e Pra Onde Ir são inéditas. Como você as encaixou nesse repertório? Por afinidades com as outras músicas, por mostrarem outros elementos?
Pitty - Pra Onde Ir é uma música que gravamos pro Chiaroscuro, mas virou sobra de estúdio e usamos como lado B de single em vinil. Comum De Dois, sim, é ineditíssima. As duas entraram por dois motivos: por serem novidade e por terem uma pegada mais frenética. Para esse DVD, queríamos músicas mais pra frente mesmo, o repertório foi todo pensando nesse sentido. Se você reparar, só tem uma música com ritmo mais suave: Só Agora. Todas as outras são agitadas.

R7 - Do início até agora, como você avalia sua evolução enquanto cantora e compositora? Quais as diferenças que você sente do que fazia no começo para o que faz agora? E como é reler três músicas do 1º CD com a experiência e a cabeça de hoje?
Pitty
- Muitas coisas estão diferentes, é o processo natural. A gente vai aprendendo e ficando mais sagaz. Embora alguns temas sejam reincidentes, acredito que hoje eu me expresse de forma mais subjetiva, profunda e poética- há mais entrelinhas para decifrar nas letras. Outras influências vão-se somando às anteriores, e hoje esses ingredientes se misturam mais imperceptivelmente. Parece que as músicas vão ficando mais homogêneas, não sei bem. Foi ótimo tocar as músicas antigas. Na verdade, das antigas acabei resgatando as que ainda fazem sentido hoje.

R7 - Ser mulher no rock brasileiro ainda é algo complicado? Como é para você encarar um meio predominantemente masculino como o do rock?
Pitty
-De forma tranquila. Eu sempre fui um moleque, hoje sou muito mais feminina e delicada. Acabei virando uma mulher com um falo bem grande, e ele aparece na hora em que eu preciso. Talvez por isso eu não sinta tanta diferença.

R7 - No início de junho, você fará o show de lançamento do novo CD/DVD. Fale um pouco de como será, das novidades, de como será o palco, roteiro etc.
Pitty
- Ainda estamos bolando esse show e vendo como adaptá-lo para as diferentes condições da estrada. Acredito que nos lançamentos ele seja mais parecido com o DVD, o mesmo clima e algumas poucas mudanças no set list de acordo com a vibe do dia.

R7 - Quais são os seus projetos para 2011, além de divulgar esse novo CD/DVD?
Pitty
-A gente vai sair em turnê com o DVD, tem shows em várias cidades já marcados. E vou tentar conciliar isso com alguns shows do meu projeto paralelo, o Agridoce.

R7 - Você pensa em casar e ter filhos? Ter um companheiro músico pode ajudar no sentido de conciliar isso com a carreira, se a resposta for positiva?
Pitty
- Pensar, eu penso. E acredito que pode ajudar, sim, já que a gente tem uma rotina parecida.





Fonte: Do R7

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