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Nacional
Quarta - 18 de Setembro de 2013 às 09:53
Por: ALEXANDRE GARCIA

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O problema começa por cima. Em geral, os diretores dos Detrans são políticos ou apadrinhados deles. Não conhecem trânsito e não dominam a administração do órgão, nem têm coragem de adotar nas ruas atitudes que nem sempre são simpáticas.



Como os políticos preferem simpatia à eficiência, procuram não desagradar o público infrator.


 
Em Brasília, um candidato a deputado fez campanha pondo plaquinhas para avisar que havia pardal a 30 metros. Não foi eleito, mas foi nomeado diretor do Detran. Por isso, evitam concursos para agentes de trânsito que resultariam em vigilância ostensiva para inibir os infratores.


 
Quanto à bagunça, os Detrans em sua maioria são financeiramente e administrativamente autônomos, mas não politicamente. Têm receita própria. Cobram taxas para tudo. Para sinalizar e fazer campanhas, a receita é certa. A multa é receita gorda. E deve ser aplicada em sinalização, fiscalização e educação. Se usassem bem a internet, em vez do reduzido quadro de funcionários, o contribuinte não seria tão sacrificado nas filas.


 
Na bagunça, há o espaço para a corrupção e para funções informais, como despachantes não credenciados e a picaretagem impera nos estacionamentos dos Detrans e nos quiosques próximos. A frouxidão da lei de trânsito tem origem política, mas a bagunça só tem uma causa: incompetência.





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