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Internacional
Quinta - 21 de Abril de 2011 às 17:34

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O Ministério Público egípcio anunciou nesta quinta-feira, em comunicado, que estuda uma eventual transferência do ex-ditador Hosni Mubarak para uma prisão, ou hospital penitenciário, caso seu estado de saúde permitir.

O procurador-geral do Egito, Abdel Meguid Mahmud, encarregou uma equipe, a cargo do chefe dos médicos forenses, de se dirigir ao hospital de Sharm el Sheikh, onde está Mubarak, "para avaliar seu estado de saúde e a possibilidade de transferi-lo à prisão de Tora (no Cairo) para que cumpra sua pena, ou ao hospital dessa mesma prisão".

O anúncio chega no mesmo dia em que a Justiça egípcia decidiu remover o nome de Mubarak e sua mulher de todas as ruas, escolas, estradas e instituições públicas em todo o país.

Ainda no dia 13 de abril Mubarak foi detido enquanto estava hospitalizado em Sharm el Sheikh, na mesma data em que seus filhos Alaa e Gamal foram presos numa penitenciária do Cairo.

Mubarak foi internado em uma UTI (unidade de tratamento intensivo) após sofrer um ataque cardíaco durante um interrogatório. Há suspeitas de que o ex-ditador possa ter usado a internação como subterfúgio para evitar a audiência.

No último episódio de um processo judicial no qual foram detidos inúmeras figuras do regime anterior, a polícia egípcia prendeu Mubarak e seus dois filhos, cumprindo com a principal reivindicação dos grupos da revolução de 25 de janeiro.

As detenções ocorreram depois que a Procuradoria Geral ordenou a prisão dos três por 15 dias. Eles são acusados de abuso de poder e enriquecimento ilícito, assim como de envolvimento contra os manifestantes durante a revolta popular que forçou a renúncia de Mubarak.

O ex-mandatário está sob custódia no Hospital de Sharm el Sheikh, no sul da Península do Sinai, informou uma fonte médica à agência oficial de notícias Mena.

A fonte explicou que Mubarak está "sob observação" no terceiro andar do hospital, que tem uma UTI (unidade de terapia intensiva), e que "a equipe médica segue seu estado de saúde de perto".

Com esta informação, o hospital desmentiu que o ex-ditador tivesse sido transferido para um hospital militar do Cairo, como havia informado previamente uma fonte dos serviços de segurança à edição digital do diário estatal "Al Ahram".

FILHOS

Enquanto isso, seus dois filhos estão presos na prisão de Tora, nos arredores de Cairo, onde estão reclusos vários representantes do regime de Mubarak, entre eles o ex-chefe de governo Ahmed Nazif, e os ex-ministros de Interior Habib el Adli e de Turismo Mohammed Zuhair Garana.

Gamal, que era o provável sucessor do pai, e Alaa chegaram à capital egípcia em um avião militar vindo de Sharm el Sheikh, onde morava toda a família Mubarak desde a renúncia do patriarca à Presidência do Egito em 11 de fevereiro, após 18 dias de protestos.

Os interrogatórios ocorreram na véspera na localidade litorânea, depois que o Ministério do Interior advertiu à Procuradoria Geral sobre as complicações que ocorreram no Cairo por motivos de segurança.






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