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Carros & Motos
Terça - 17 de Setembro de 2013 às 14:40
Por: Priscilla Mendes e Fabiano Cos

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Divulgação
Audi A3 Sedan é fabricado na Hungria
Audi A3 Sedan é fabricado na Hungria
A fabricante de veículos de luxo Audi anunciou nesta terça-feira (17) que passará a produzir os modelos A3 Sedan e Q3 na fábrica de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O investimento previsto até 2016, de acordo com a empresa, será de R$ 500 milhões.


 
O A3 Sedan (veja avaliação) será lançado no final de 2015 e o utilitário esportivo Q3, no início de 2016. A partir 2018, a fábrica estima que venderá 30 mil carros ao ano, incluindo os importados e os fabricados no Brasil.


 
O anúncio foi feito após reunião do presidente mundial da Audi AG, Rupert Stadler, com a presidente Dilma Roussef, no Palácio do Planalto, em Brasília. No entanto, o G1 adintou os planos da montadora durante o Salão de Frankfurt, quando Ulrich Hackenberg, novo membro do Board for Technical Development da Audi, afirmou que o A3 teria produção brasileira. No dia seguinte, no salão, o presidente e CEO da montadora no Brasil, Jörg Hofmann, desconversou, mas deu indícios da confirmação da fábrica no país.


 
Em entrevista após a reunião, Stadler disse que a situação econômica estável do Brasil e as “perspectivas de crescimento da economia e do poder aquisitivo da classe média” levam a crer que haverá mercado para consumir mais carros de luxo no futuro.


 
De acordo com o vice-presidente mundial da Audi AG, Bernd Marten, a empresa prevê crescimento de 170% do mercado de carros de luxo no Brasil até 2020.


 
Audi prevê crescimento de 170% do mercado de carros de luxo no Brasil até 2020.


 
Stadler disse ainda que Dilma mostrou “grande interesse pelas atividades da Audi” no Brasil e demonstrou “bom conhecimento” na área de tecnologia. A empresa, afirmou, “vê o mercado brasileiro como bastante promissor. Espero que a economia brasileira continue crescendo como vem crescendo”.


 
“O mercado de veículos de luxo no Brasil ainda é bastante pequeno, mas a Audi acredita que vai crescer enormemente nos próximos anos com as mudanças sociais do Brasil”, declarou.


 
O presidente da Audi justificou a decisão de investir em uma fábrica no Brasil à histórica relação comercial entre os dois países e também ao rápido crescimento da classe média brasileira. Stadler disse ainda que o fato de o Brasil estar prestes a ser palco da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos também pesaram na escolha do país como sede da nova fábrica dos veículos de luxo alemães.


 
Segundo o dirigente da multinacional da Alemanha, a meta de longo prazo da empresa é atingir a liderança no segmento de automóveis premium no Brasil. Stadler anunciou que a empresa planeja que seu departamento de vendas irá mais do que dobrar a rede de concessionárias até o fim da década. Atualmente, a Audi possui 30 concessionárias no Brasil.


 
“Gostaria de aproveitar o momento para agradecer expressamente à presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e ao governador do Paraná, Beto Richa, pelas negociações excepcionalmente construtivas e comprometidas”, ressaltou o CEO mundial da empresa. “É especialmente interessante que a malha viária deve dobrar dos atuais 5,7 mil quilômetros de extensão total”, complementou.


 
E citando novamente a Copa do Mundo da Fifa em seu discurso, o presidente da Audi fez uma analogia entre as características dos jogadores de futebol do Brasil e da Alemanha com os futuros carros da marca de luxo que serão fabricados em território brasileiro.


 
“Os jogadores de futebol alemães são bastante conhecidos por sua disciplina e poder de organização. Os jogadores do Brasil são reconhecidos mundialmente como os melhores tecnicamente. Essas habilidades, esse espírito dos brasileiros, nos deixam otimistas de que iremos atingir nosso objetivo no Brasil, com o ‘made in Brazil’”, brincou.


 
Paraná


 
Quem confirmou primeiramente a instalação da produção em São José dos Pinhais foi o Governo do Paraná. A negociação entre governo e montadora durou seis meses, e deverá proporcionar a produção dos modelos A3 (compacto) e Q3 (SUV). A estimativa é de que a fábrica produza 26 mil veículos por ano, quando atingir o pleno funcionamento.


 
Segundo o governo do Paraná, um protocolo entre o estado e a empresa foi assinado no dia 21 de agosto, enquadrando a Audi no programa de incentivos Paraná Competitivo. A montadora também obteve benefícios concedidos pelo governo federal.


 
A adesão ao Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto), que concede benefícios em relação ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para as empresas que investirem no país, foi  assinada às 11h desta terça-feira.



Volks


 
Os mesmos benefícios concedidos à Audi pelo Governo do Paraná também foram oferecidos à Volkswagen. De acordo com uma fonte da gestão estadual, até sexta-feira (27) um executivo da montadora deve vir ao Brasil para formalizar o acordo, que prevê um investimento de R$ 700 milhões para a produção do novo modelo do Golf. A linha também ficará em São José dos Pinhais.


 
Por meio do programa Paraná Competitivo, o estado oferece dilação do recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e desburocratização para trâmites de embarque e desembarque no Porto de Paranaguá, no litoral do estado. A questão do ICMS será atrelada aos valores concretos de investimento e à geração de emprego.





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