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Terça - 12 de Abril de 2011 às 16:53
Por: THÂMARA CARVALHO

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Desde 2005 na cidade e com um quadro de 200 funcionários, a única empresa de Transporte Coletivo de Rondonópolis (TCCP), Cidade de Pedra, passa por uma crise financeira. O motivo é a defasagem no reajuste da tarifa de ônibus da cidade e o baixo número de passageiros que utilizam os serviços. Em seis anos de serviços prestados no município, o primeiro reajuste foi feito em 2009, pelo atual prefeito Zé Carlos do Pátio. O aumento foi de 22%, o que elevou o preço da tarifa de R$ 1,80 para R$ 2,20. Preocupado com a situação da empresa, o vereador Miltão Gomes da Costa (PMDB), esteve com o chefe do executivo municipal para requerer um novo aumento na tarifa de ônibus.

Segundo o vereador a inflação nestes seis anos variou de 34 a 36% e com isso o valor dos materiais necessários para manter a frota aumentou significativamente. “Os diretores da empresa trabalham em cima dos valores dos insumos necessários para atender a frota de veículos. De 2005 para cá, aumentou o valor do combustível, dos pneus, das peças, das carrocerias e chassis. O que elevou os gastos da empresa”, defende.

Hoje a TCR trabalha com 66 ônibus em 29 linhas dando suporte para todas as regiões da cidade. Miltão explica que a planilha técnica da empresa aponta que, para que se haja um equilíbrio nas despesas, a tarifa teria que chegar a R$ 2,56. “No último ano foram somados à frota 29 ônibus, sendo que houve um aumento de 7% no salário dos funcionários. Isso sem contar com as despesas mensais que a empresa possui”, afirma.

O vereador fala que o aumento da tarifa vai garantir melhores condições aos usuários, pois, o reajuste vai influenciar na instalação de abrigos nos pontos de ônibus e, quem sabe, um aumento da frota. O que vai beneficiar as pessoas que dependem dos serviços. “Além de uma frota nova, o reajuste pode ajudar na instalação de pontos de ônibus coberto e maior número de carros nos horários de maior fluxo de passageiros”, diz.

O Gerente da Cidade de Pedra, Paulo Sérgio da Silva, comenta que a maior causa da defasagem é o baixo número de passageiros que utilizam o transporte coletivo. “Se o número de passageiros fosse maior, não teríamos que aumentar o valor da passagem. Pelo contrário, poderíamos até fazer promoções”, fala.

Paulo fala ainda que, após um pedido do prefeito, foi protocolada na prefeitura uma planilha com os gastos da empresa e com o valor real da passagem a ser implantado na cidade. “Fizemos uma planilha e paralela a nossa o Secretário de Transporte e Trânsito da cidade está elaborando uma outra”, afirma.

Paulo lembra que em outras cidades o aumento da tarifa já foi implantado, sendo que em Campo Grande o valor é R$ 2,70 e em Cuiabá chega a R$ 2,50. “Outras cidades próximas à Rondonópolis já aumentaram suas tarifas. A crescente nos preços vai garantir melhores serviços e contribuir para a empresa sair do vermelho”, explica.

Segundo o Secretário Municipal de Transporte e Trânsito, Rodrigo Lugli, a planilha elaborada pela equipe da pasta, aponta uma tarifa de R$ 2,62, R$ 0,06 a mais que a apresentada pela TCR. “Nossos valores são maiores, pois cotamos produtos aqui da cidade. Diferente da empresa, que busca seus produtos em outras regiões do Brasil, chegando a encontrar mercadoria bem mais em conta”, explica.

O Secretário Lugli fala ainda que a equipe da secretaria sugeriu à Pátio que dê um aumento de 9%, o que seria maior do que a inflação do ano passado, de 6%. “Demos 22% em 4 anos de instalação da empresa. Estes 9% em um ano e meio, acredito, que vai sanar parte da necessidade da empresa e ainda beneficiar os trabalhadores e cidadãos que utilizam o serviço”, finaliza.






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