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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Quarta - 23 de Março de 2011 às 16:46

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As discussões entre os embaixadores dos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) voltaram a terminar nesta quarta-feira sem um acordo sobre o papel da Aliança nas operações militares na Líbia e continuarão nesta quinta-feira, segundo fontes da organização.

Após seis dias consecutivos de reuniões, os membros da Otan não avançaram na definição de suas funções na manutenção da zona de exclusão aérea imposta sobre a Líbia em cumprimento da resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU.

Os Estados Unidos, que por enquanto dirigem as operações, expressaram em várias ocasiões o desejo de ceder o papel à Otan, mas por enquanto os aliados não conseguiram superar as reservas, sobretudo da Alemanha, para dar esse passo.

"Há uma sensação de que os pontos de vista estão convergindo para um possível papel da Otan na aplicação da zona de exclusão aérea", disse nesta quarta-feira à Agência Efe a porta-voz da organização, Carmen Romero.

Carmem ressaltou que o início dessa ação é "exigente" e "complexa", e necessita do apoio político de todos os aliados.

Na terça-feira, os EUA acordaram com Reino Unido e França - os outros dois países que lideraram a ofensiva contra o regime de Muammar Kadafi - o papel que a Aliança Atlântica deveria desempenhar.

Até agora, a França se opôs a ceder o controle total da missão à Aliança Atlântica e argumenta que não se deve excluir das decisões os países árabes que decidiram apoiar as ações e que não pertencem à Otan, por isso sugere dividir os planos político e militar.

Assim, se estabeleceria uma "direção política" formada pelos ministros de Exteriores de todos os países participantes da coalizão internacional e a Aliança se ocuparia dos assuntos militares.

Segundo fontes aliadas, uma opção deste tipo poderia se basear, em certo modo, no modelo usado no Afeganistão, onde a Aliança coopera com 20 países não membros e os inclui na discussão das operações.

As conversas no seio da Otan também são dificultadas pela postura de Turquia e Alemanha, dois países-membros contrários à intervenção.

Ancara deixou claro que quer o cumprimento de uma série de "condições" para que a Aliança atue na Líbia e na terça-feira o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, assegurou que seu país não participaria "como uma força de guerra".

No entanto, a Turquia decidiu fazer uma importante participação na operação naval da Otan que garantirá o cumprimento do embargo de armas sobre a Líbia.

A Alemanha, pelo contrário, se negou a participar da missão e retirou do comando aliado duas fragatas e dois navios menores que tinha no Mediterrâneo.

Além disso, ordenou a retirada dos 70 militares alemães que participavam como técnicos especialistas a bordo de aviões de reconhecimento AWACS da Aliança.





Fonte: EFE

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