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Opinião
Terça - 19 de Fevereiro de 2019 às 07:44
Por: Elizeu Silva

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Quem mesmo é o prefeito de Rondonlândia, cidade situada a 1.600 quilômetros da capital, Cuiabá? Ganha um doce quem adivinhar! Quem, quem, quem, quem? Não, não é o Raimundo Nonato do quadro cômico comandado pelo saudoso Chico Anysio por quase 40 anos na Escolinha da Globo.

Seria então o prefeito eleito pela cidade em 2016, Agnaldo Rodrigues de Carvalho, com 1,048 votos? Também não! Este se enrolou todo durante os dois anos de mandato, passou por 6 Comissões Processantes e em 14 de agosto de 2018, teve o mandato cassado pelo Poder Legislativo Municipal. Até conseguiu voltar ao cargo dias depois, mas na semana passada, dia 12 de fevereiro, teve a confirmação de afastamento chancelada pela Justiça, além do bloqueio de bens até o valor de R$ 100.000,00.

Então assumiu o vice-prefeito Ronaldo Ratinho? Este de nome peculiar, também não! Mas por que não? Ah! Me ajude ai, indagaria o apresentador da Band, o Datena. Quem então está na direção da cidade? Acredite se quiser, mas Rondolândia está sob a tutela do procurador-geral do município Lucélio Lacerda Soares. Lucélio está há 7 dias a frente do Poder Executivo e não quer largar o osso nem a pau Nicolau! Mesmo sem ir às urnas e não receber nenhum voto da população, Lucélio ainda quer permanecer por mais 15 dias na cadeira de prefeito.

Lucélio entende que a Lei Orgânica do Município e no Regimento Interno da Câmara requerem procedimentos obrigatórios a serem adotados, para que ocorra a transmissão do cargo, a exemplo, a necessidade de convocação dos vereadores para que em sessão plenária extraordinária deem posse ao vice Ratinho. E, isso, para entendimento e defesa de Lucélio está inserido no artigo 137 do R.I. Lucélio também enumera 15 dias de trâmites legais para que tudo seja feito conforme o que manda as Leis. Contudo, para outros, após o afastamento de Agnaldo Rodrigues pela Justiça, a posse de Ratinho deve ser imediata. Alô Ministério Público! Rondolândia também é Brasil, e por sinal pertence a Mato Grosso.

Que situação inusitada, né? Bem sabemos das brechas nas leis brasileiras para se ganhar tempo e prorrogar ainda mais a caótica situação. Enquanto isso, os rondolandenses que se danem, mesmo porque, de que valeria seus clamores nessa altura do campeonato. Vale lembrar que caso haja a inércia da Justiça, quem sabe se consegue levar esse imbróglio até o carnaval para decidir de fato quem é o cantor, ou melhor, o gestor. Se isso acontecer, todos os envolvidos, fantasiados de palhaço, sambarão juntos em praça pública a marchinha de Chiquinha Gongaza - Ó abre alas que eu quero passar!

Elizeu Silva é jornalista em MT – elizeulivramento@gmail.com




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