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Opinião
Segunda - 02 de Agosto de 2021 às 10:45
Por: Luciano Vacari

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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) completou no último dia 28 de julho 161 anos. Uma das pastas mais antigas da Esplanada dos Ministérios, é o centro do desenvolvimento econômico, técnico e político da produção de alimentos, energia e fibras que abastecem o mercado interno e mais de 200 outros países.

Os longos anos de história passam agora por uma nova fase de modernização. A atual ministra, Tereza Cristina, vem realizando um importante papel em busca da desburocratização do sistema, trazendo mais agilidade e segurança ao mesmo tempo.

Como podemos falar da implantação do sistema de autocontrole. A ideia é que a iniciativa privada assuma cada vez mais responsabilidade neste processo e o setor público continue como agente fiscalizador das ações de vigilância e defesa sanitária.

Fazendo um recorte dos últimos 50 anos, temos alguns marcos que precisam ser destacados

Mas precisamos ser justos. A modernização do Mapa não é recente, fazendo um recorte dos últimos 50 anos, temos alguns marcos que precisam ser destacados.

A começar por Alysson Paulinelli, indicado recentemente ao prêmio Nobel da Paz, ele foi responsável pela reorganização da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), importante instituição que garantiu a expansão agrícola do nosso país e é respeitada internacionalmente.

Aliás, Paulinelli é reconhecido justamente por ter incentivado a ampliação da produção de alimentos no Cerrado brasileiro, que impulsionou o desenvolvimento da região central.

Outro nome importante nestes últimos 50 anos foi o de Marcus Vinícius Pratini de Moraes. Após o bloqueio econômico do Canadá à carne brasileira, Pratini de Moraes liderou a ampliação e melhoramento do processo de certificação sanitária de toda produção de alimentos no país.

Economista com larga experiência em comércio exterior, Pratini é lembrado por ter ampliado os embarques do agronegócio, tornando o Brasil um dos principais fornecedores mundiais de alimentos.

O cooperativismo foi a marca do engenheiro agrônomo Roberto Rodrigues. Ministro entre os anos de 2003 e 2006, ele recebeu um prêmio internacional justamente por estimular e viabilizar a política cooperativista no país.

Mas se é nas crises que conhecemos os grandes líderes, não poderia deixar de falar do produtor, empresário e ex-senador Blairo Maggi. À frente do ministério em uma das maiores crises de imagens enfrentadas pelo setor, desmantelada após a Operação Carne Fraca, Maggi não se curvou diante de suspeitas que colocavam em xeque o serviço nacional de inspeção e saiu mundo afora para mostrar que o problema era pontual e reversível. Sua jornada internacional não só assegurou a manutenção de importantes mercados, como conquistou mais clientes para nossas proteínas.

Falar de história requer mais do que fatos, precisa dos nomes que dão rostos e personalidade aos grandes marcos. A liderança desses e de tantos outros notáveis brasileiros que passaram pelo Mapa é que torna os 161 anos do Ministério uma importante página de nosso país.

Luciano Vacari é gestor de agronegócios



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