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Opinião
Segunda - 11 de Julho de 2011 às 16:39
Por: Fernando Assunção

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Mesmo o polêmico assunto "drogas" ser um tema abordado constantemente, quero aproveitar o ensejo do último dia 26 de junho, data alusiva ao Dia Internacional de Combate as Drogas, para externar minha preocupação com esse sério problema que toda sociedade enfrenta, principalmente no meio dos adolescentes.

Descobrir simplesmente onde se concentra a maior faixa etária de usuários não irá solucionar o problema, nem tampouco minimizá-lo. A questão vai muito além. O que nosso País precisa é de políticas públicas efetivas que alcancem nossa sociedade e que saiam dos papéis; que não sejam somente projetos fantásticos aprovados, sancionados e engavetados. Precisamos ver em nosso meio os investimentos reais com nossas crianças e adolescentes, para que estes se tornem cidadãos cônscios e defensores da integridade, da moralidade e da possibilidade de uma vida justa, liberta de qualquer vício ou de fato que desabone um futuro promissor.

Sinop não está livre dessa realidade! Isso ocorre não somente pela condição de desigualdades sociais e de concentração de renda, mas, sobretudo, pela ascensão em alta escala do crack, com seu alto poder destruidor, no circuito da distribuição e comercialização, com uma capacidade enorme de gerar dependência no usuário, de segregá-lo socialmente, além de ocasionar danos físicos e à saúde: neuroses e psicoses, depressão, tuberculose, hepatites, DST’s/AIDS, derrames e hemorragias pulmonares, dentre outros. Porém, esse problema ultrapassa a questão física, o crack provoca danos sociais irreparáveis na vida dos jovens usuários, de suas famílias e para sociedade, a exemplo da comercialização do corpo pela droga, da exploração sexual de crianças e adolescentes, conflitos, rompimentos familiares e comunitários, isolamento, situação de rua, atos ilícitos, criminalidade e violência.

Creio que um passo fundamental para amenizar esta falta de despreparo da máquina pública está nos movimentos sociais, que de certa forma trabalham em projetos para evitar que este mal se alastre ainda mais, a exemplo da CUFA, da CAOPA, da EBENEZER, do PROERD, do Projeto Grão com Mostarda, os quais vêem ao longo de suas histórias debatendo e mostrando os caminhos que podem ser trilhados para que algo mude dentro deste submundo das drogas. É preciso políticas penitenciaria com atenção a reinclusão social, na reabilitação do viciado, é preciso gastar parte do PIB com isso.

Provoco você usando o questionamento usado pelo Dr. Drauzio Varella, através do artigo “o oxi e o crack”, publicado na última terça-feira no jornal A Gazeta “Caro leitor, é preciso ter curso de pós-graduação em drogas ilícitas para prever o que acontecerá?”

Portanto, necessita-se de uma grande ALIANÇA de todos os setores da sociedade para o enfrentamento desta questão, como já se intitula um dos artigos do Deputado Federal Nilson Leitão sobre “Mobiliza Mato Grosso”. Não temos fórmulas nem receitas, mas temos que ter foco em reduzir o número de usuários, agindo emblematicamente na exterminação do mercado de consumo do tráfico de drogas, fazendo prevenção de fronteiras, debatendo a descriminalização de tipos de drogas e ajudando nos caminhos de nossas famílias poderem combater este mal que cada vez mais destrói vidas inteiras, especialmente o maldito CRACK.

Fernando Assunção é Vereador, segundo secretário da Câmara de Sinop e Vice-Presidente do PSDB em Sinop.



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