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Opinião
Sexta - 08 de Julho de 2011 às 07:58
Por: Jota de Sá

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"Não é o fim é o inicio" esse foi o começo do discurso que a fez marina na tarde desta quinta – feira 07 em São Paulo.

A ex- senadora e ex- ministra do meio ambiente Marina Silva que concorreu à sucessão presidencial no pleito de 2010, e teve um ótimo êxito nas urnas pouco mais de 20 milhões de votos levando a disputa presidencial ao segundo turno no Brasil pelo partido verde (PV) deixou a legenda na tarde desta quinta feira em um discurso, no entanto empolgante.

Com uma liderança e uma visibilidade não só no Brasil, mas em outros países como Alemanha, Europa, EUA em relação ao meio ambiente e o desenvolvimento sustentável.

E neste dia 07 de julho o tom foi de novo modelo de política para o Brasil, ao anunciar sua saída do PV Marina disse que não é o fim, mas o começo de uma nova política o movimento lançado ainda não tem nome, mas já tem bandeira de luta, uma delas é a exigência de que a presidente Dilma Rousselff vete mudanças no código florestal aprovadas na câmara dos deputados.

Com Marina saiu também o deputado federal pelo partido Alfredo Sirkis (RJ), João Paulo Capobianco entre outros, mais de 400 militantes acompanharam o desligamento da ex – senadora.

A entrada e saída imediata de Marina Silva do PV é bastante preocupante em relação ao modelo das instituições partidárias de hoje, a falta de credibilidade que vem somada das ininterruptas manchetes em jornal de todo o país com relação aos escândalos de corrupção.

A necessidade de mudança de oxigenação vem cercada de crises quase que simultaneamente, e isso vem pedindo uma reforma não só na questão eleitoral, mas na forma que os políticos  vêm usando suas premissas para ocupar o poder e desgastando institucionalmente tanto o poder quanto os partidos.
 
A falta de credibilidade em vários partidos existentes no Brasil desde as "diretas já" até os dias de hoje, os partidos deixaram de exercer seu papel, alguns deixaram de ser oposição e se venderam ao oportunismo, outros estão deixando de existir por não terem mais a credibilidade de atuarem como oposição.

Há dias um instituto nacionalmente reconhecido revelou em uma pesquisa que os jovens estão cada vez menos interessado por partidos políticos, atuando independentemente de siglas, isso é de assustar mais de 80% da juventude não se interessa por partidos, não veem neles seriedade.

Isso mostra a votação surpreendente que teve Marina no PV, a maioria cansada do mesmo discurso arroz com feijão, veio então com um discurso de desenvolvimento sustentável, de preservação ambiental, do crescimento da pessoa como humano, de um social mais social, não só em discurso para inglês ver, foi isso que a ex- senadora fez a nação brasileira enxergar, ao menos uma grande parte dela enxergou,foram mais de 20 milhões de votos e essa grande parte é totalmente formado de formadores de opinião, o que leva a crer que fará uma grande diferença nas próximas eleições.

A pena que vejo, não é a Marina Silva deixar o partido verde, mas a falta de credibilidade que as instituições vêm tendo cada vez mais, tanto como o judiciário com escândalos arrepiantes, como o legislativo e o executivo, isso leva os cidadãos de bem cada vez mais longe da formula atual de se fazer política do caciquismo político e do poder pelo poder.

Minha preocupação maior é quanto aos homens e mulheres de bem se calam diante de tanta falta de credibilidade, as ruas sem nenhum tipo de manifestação, tão calada quanto.

Assim como Marina, termino dizendo, qual a melhor forma de contribuir para a transformação do  mundo que queremos? 
 
Jota de Sá é Jornalista e diretor do site www.jbnews.com.br



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