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Politica MT
Terça - 07 de Dezembro de 2010 às 07:51
Por: Sonia Fiori

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Jornal A Tribuna/Rondonópolis
O PRF José Medeiros diz que foi ameaçado para abrir mão da primeira suplência do senador eleito Pedro Taques
O PRF José Medeiros diz que foi ameaçado para abrir mão da primeira suplência do senador eleito Pedro Taques

Primeiro suplente do senador eleito Pedro Taques (PDT), o policial rodoviário federal José Antônio Medeiros (PPS) revelou ontem, em coletiva à imprensa, em Rondonópolis, os bastidores de uma disputa interna entre membros da coligação Mato Grosso Melhor Pra Você marcada por supostas ameaças de morte. Grupo ligado ao PV teria “obrigado” Medeiros a assinar documento que autoriza a Justiça Eleitoral de Mato Grosso a substituir seu nome pelo segundo suplente, Paulo Fiúza (PV). Em tese, a inversão das funções propicia ao representante do Partido Verde eventual possibilidade de assumir a cadeira de Taques no Congresso Nacional.

Medeiros sustenta que as ameaças teriam ocorrido em meio à reunião, realizada na sexta-feira passada, no escritório de Taques, na Capital, por pessoa ligada ao grupo de Fiúza. Ele alega ainda que devido à insegurança do quadro e temendo pela vida de familiares poderá renunciar à função. Ontem, em entrevista por telefone ao Diário, Medeiros disse que “não sabe o nome do senhor que o ameaçou”. No entanto, sugere que a pessoa citada deve ser ligada ao principal beneficiário da troca de posição das suplências, ou seja, Paulo Fiúza.

Ele isentou o senador eleito Pedro Taques de ter conhecimento sobre o grau de insegurança das discussões. “No momento em que o senhor me ameaçou ‘assina, se não te dou um tiro na cara’, o Pedro Taques, o Mauro Mendes e o Paulo Fiúza estavam numa sala ao lado. O Pedro Taques esteve o momento todo na reunião, mas não no momento da ameaça”, explicou. O desconforto após a tumultuada reunião fez com que o primeiro suplente tomasse ainda outras providências em relação à sua segurança e de sua família. Segundo ele, nos últimos dias sua rotina foi alterada, através de reforço policial para garantir sua integridade física.

A celeuma teria sido gerada durante o período de campanha, quando o então primeiro suplente, Zeca Viana, desistiu do posto. Existia entendimento no bloco de que Paulo Fiúza deveria ocupar a função, substituindo Viana. No entanto, Medeiros foi registrado na vaga de Viana e Paulo Fiúza passou então à segunda suplência.

Com a eleição do ex-procurador da República, Pedro Taques, membros do bloco perceberam a “falha” no ato do registro dos primeiro e segundo suplentes – dando abertura para um período de acaloradas discussões e bate-bocas frequentes. Representantes do PV e Fiúza cobraram a inversão das posições das suplências. Nesse contexto, Medeiros alega não se importar com a função, já que o “eleito” é Pedro Taques. Na tarde de ontem ele rechaçou a política interna feita por alguns representantes do bloco e assegurou que teme pelos reflexos negativos que poderão ser sentidos por Pedro Taques.

Presidente regional do PV, Roberto Stopa negou ter conhecimento sobre as ameaças que supostamente teriam sido feitas para Medeiros. Ele destacou ainda que o documento assinado pelo primeiro suplente serve apenas para “corrigir falha da assessoria jurídica no período eleitoral que inverteu os nomes de Paulo Fiúza e de José Antônio Medeiros”. A petição, segundo ele, já teria sido encaminhada ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).






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