Dilma teve "atuação mais do que normal" na ditadura, diz assessor de Lula
O assessor de assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, disse nesta sexta-feira que a presidente eleita, Dilma Rousseff, teve uma "atuação mais do que normal" ao longo da ditadura.
A declaração veio após Marco Aurélio ser questionado sobre as informações contidas em inquérito movido contra ela pelo regime militar, divulgado hoje. Nos processos, Dilma é acusada de chefiar greves e "assessorar assaltos a bancos".
"Nao sei [o que a imprensa divulgou]. Mas acho que a atuação de Dilma foi mais do que normal. Ela lutou contra a ditadura. E quem está incomodado com isso deve estar incomodado que a ditadura tenha acabado", disse em Buenos Aires, após receber o título de doutor honoris causa de uma universidade local.
LIBERADO
Depois de três meses de embate com o STM (Supremo Tribunal Militar), a Folha obteve acesso e cópia de parte do processo que levou Dilma à prisão, durante a ditadura militar (1964-85).
Por ordem do presidente do STM, Carlos Alberto Soares, o processo estava trancado desde março deste ano em um cofre para evitar, segundo ele, uso político dos documentos nas eleições.
Antes das eleições, o jornal protocolou um mandado de segurança no tribunal e, somente na terça-feira passada, os ministros, ao julgar a questão, liberaram o acesso aos autos do processo.
Ontem, a própria Dilma entrou com um pedido na presidência do STM para também receber uma cópia integral de seu processo.
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