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Brasil Eleições 2012
Quinta - 28 de Outubro de 2010 às 17:58

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O Ministério Público Eleitoral propôs ação contra o presidente do TJ (Tribunal de Justiça) do Rio, desembargador Luiz Zveiter, e seu irmão, o deputado federal eleito Sérgio Zveiter (PDT), por abuso de poder político na campanha.

A ação de investigação judicial eleitoral proposta refere-se a vídeo em que o magistrado tece elogios ao candidato. A participação de magistrados em atividade político-partidária é proibida pela Loman (Lei Orgânica da Magistratura Nacional).

O caso foi revelado pela Folha em agosto, o que motivou a instauração de procedimento para analisá-lo. Na avaliação da procuradoria, Luiz Zveiter emprestou a credibilidade do seu cargo em favor de campanha eleitoral.

A procuradoria pede "a imposição das sanções cabíveis". O TRE analisa se recebe a ação.

Luiz e Sérgio Zveiter afirmaram que não se pronunciaram antes de serem notificados sobre o caso.

Em agosto, eles afirmaram que o depoimento fora dado "como irmão", e não como presidente do tribunal. O vídeo, publicado no site do então candidato, foi retirado do ar logo após o contato da reportagem.

De acordo com o MP, a participação do presidente do TJ na campanha pode causar "constrangimento" aos juízes eleitorais. Todos os titulares das zona eleitorais e quatro magistrados do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) fazem parte dos quadros do tribunal.

A ação da procuradoria afirma que antes da campanha o presidente do TJ já tentara "emprestar o prestígio do cargo" ao irmão. Refere-se à visita ao morro do Buma, em Niterói, após os deslizamentos nas chuvas de abril na qual mais de 200 pessoas morreram. O objetivo oficial da agenda era agilizar a liberação dos corpos.

"Sérgio Zveiter, àquela época, não exercia qualquer cargo público que pudesse justificar sua presença na visita oficial", diz a ação do MP. Foto sobre o evento no site do TJ-RJ mostra o deputado federal eleito ao lado do governador reeleito Sérgio Cabral Filho (PMDB) e do presidente do tribunal.

Sérgio Zveiter foi eleito com 65.826 votos.

De acordo com a Loman, a participação de magistrado em atividade político-partidária é um dos quatro motivos que autorizam a perda do cargo. A lei não detalha as sanções ao candidato.






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