Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Quarta - 15 de Setembro de 2010 às 12:58

    Imprimir


O advogado do contador Antonio Carlos Atella Ferreira entrega hoje à Polícia Federal de São Paulo um adendo a seu depoimento com o nome de duas pessoas que "podem ajudar a solucionar" o caso de quebra de sigilo fiscal de Veronica Serra, segundo o próprio defensor, Alexandre Trindade.

Os nomes são os do advogado Marcel Schinzari e do despachante Arão Queiroz.

Atella Ferreira foi quem apresentou a procuração falsa para obter num posto da Receita Federal em Mauá cópias da declaração de renda de Veronica de 2007 a 2009.

A grande dúvida na investigação da PF é quem pediu ao contador que quebrasse o sigilo fiscal da filha do presidenciável José Serra (PSDB). Os tucanos dizem, sem provas, que a ordem partiu da campanha da candidata Dilma Rousseff (PT).

"Seria leviano dizer que o Marcel foi o autor do pedido. Mas há um nexo entre Marcel e Ademir", diz Trindade.

Ademir Estevam Cabral, 51, é o office-boy e dono de um pequeno escritório de despachos no centro de São Paulo a quem o contador dizia estar a serviço quando assinou a procuração falsa com a qual conseguiu quebrar o sigilo de Veronica.

Em depoimento à polícia, o contador disse que foi Cabral quem entregou a ele a procuração falsa.

O advogado de Atella Ferreira diz que seu cliente conheceu Schinzari num escritório de advocacia na região da avenida Paulista. Segundo ele, o advogado pedia serviços para o contador executar na Junta Comercial e na Receita. Já o despachante Queiroz prestava serviços para o escritório do office-boy, diz Trindade.

Queiroz disse ao "Jornal Nacional" que conhece o contador e o office-boy, mas que não trabalha mais com pedidos de documentos.

O ADVOGADO

Antes de o nome de Schinzari ter sido citado na PF, a Folha falou com o advogado no seu escritório, especializado em direito tributário.

Schinzari disse, depois de várias respostas contraditórias, conhecer o office-boy.

"Já ouvi falar do Ademir e sei que ele é um office-boy." Depois de mais de uma hora de conversa, reconheceu que tanto o office-boy como o contador prestaram serviços para o seu escritório.

Schinzari pediu para que seu nome não fosse citado, já que a menção poderia prejudicar os seus negócios. Disse que seu escritório só presta serviços legais. 






Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/115444/visualizar/