Mãe que teve filha levada ao Líbano pelo pai pede R$ 1 milhão por danos morais

Pedro Boutros Boutros raptou a menina, que estava sob a guarda da mãe, em uma das visitas a que tinha direito. Segundo informações da Interpol, ele saiu do país com a filha sem nenhuma das autorizações necessárias: a da mãe da criança e a do consulado libanês. 

Segundo os advogados de Cláudia, representantes da Acrimesp (Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo), a ação objetiva, além de reparar o dano causado, fornecer recursos à mãe de Gabriella

"Em primeiro lugar, queremos resgatar a honra de Cláudia. Ela não quer dinheiro, quer a filha de volta. Para isso, serão necessários recursos, inclusive financeiros", disse o advogado José Beraldo.

Outro advogado, Willian Amanajás, disse que o mesmo valor será pedido em processos contra a União e o Estado de São Paulo. A União, segundo ele, deve danos morais pela "vulnerabilidade dos aeroportos e fronteiras do país", enquanto São Paulo causou abalo por conta da morosidade das investigações.

PRÓXIMOS PASSOS

Segundo os defensores de Cláudia, já foi expedido um mandado de busca e apreensão de Gabriella, que deverá ser cumprido no Líbano por meio de carta rogatória --ordem da justiça brasileira que é cumprida pela justiça do país de destino. Apesar de o procedimento ser demorado, os advogados se dizem confiantes.

Beraldo mencionou também um pedido de prisão feito em um processo criminal movido contra Boutros, que está sob análise da justiça paulista e deve ser decidido em breve.