Previdência privada arrecada quase R$ 20 bi no 1º semestre, alta de 18%
O mercado de previdência privada aberta arrecadou R$ 19,84 bilhões no primeiro semestre do ano, segundo dados divulgados nesta terça-feira pela Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), entidade que reúne 65 sociedades seguradoras e 15 entidades abertas de previdência complementar no país.
O volume de depósitos no período teve crescimento de 18,11% em relação ao mesmo período de 2009. A indústria de previdência privada aberta encerrou o semestre com 11,5 milhões de contratos.
O produto VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), que se popularizou por ser indicado ao investidor que não declara Imposto de Renda pelo modelo completo, captou R$ 15,61 bilhões nos seis primeiros meses do ano, com crescimento de 21,66%.
Já o volume de contribuições do PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), mais indicado para quem faz a declaração completa do IR, registrou R$ 2,56 bilhões, com expansão de 14,52%.
SEGMENTO
Na análise por segmento, os dados da Fenaprevi mostram que os planos individuais arrecadaram R$ 16,56 bilhões de janeiro a junho, apresentando um crescimento de 21,95% ante igual intervalo no ano passado. Já os empresariais cresceram 24,41%, com captação de R$ 2,61 bilhões.
A Bradesco Vida e Previdência lidera o ranking de captação, com 31,97% do total arrecadado, seguida por BrasilPrev (20,07%), Itaú Vida e Previdência (19,41%), Caixa Vida & Previdência (8,75%), Santander Seguros (8,49%), HSBC Vida e Previdência (4,60%), Safra Vida e Previdência (1,12%), Icatu Hartford Seguros (0,92%), Sul América (0,75%), Porto Seguro Vida e Previdência (0,58%). As demais seguradoras somam, no total, 3,34% do valor arrecadado.
PREVIDÊNCIA NO IR
Quem investe em previdência privada visando pagar menos IR precisa atentar para um detalhe: só pode abater o valor pago a pessoa que também contribui para o INSS ou para o regime dos servidores públicos (federal, estadual ou municipal). A limitação foi imposta pela lei nº 10.887, de 2004.
Se o contribuinte for fazer um plano de previdência em nome dos dependentes (filhos ou esposa), estes também terão de contribuir para o INSS.
É preciso que a pessoa pague ao menos a contribuição mínima de cada um desses regimes. Em resumo, para poder abater o pagamento de uma, o contribuinte deve pagar a outra.
O contribuinte que usa o modelo simplificado (os abatimentos são substituídos pelo desconto-padrão de 20%) deve optar pelo plano VGBL, que não permite deduzir nada na declaração. Por não poder abater nada na declaração, quando receber o benefício, o IR incidirá apenas sobre o rendimento obtido.
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