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Policia MT
Quinta - 26 de Dezembro de 2013 às 13:47
Por: Katiana Pereira

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Policiais federais prenderam em flagrante o corretor de imóveis Francisco Marcelo Campelo de Carvalho, 36, tentando embarcar no aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, para Brasília, com aproximadamente 14,8 quilos de ouro sem nenhuma documentação que comprovasse a origem do minério. O flagrante foi lavrado na madrugada do dia 25 de dezembro. 


 
Segundo informações do delegado federal Cristiano Nascimento, que interrogou o suspeito, o corretor alegou que recebeu o ouro como pagamento da venda de um imóvel na Capital Federal, no entanto, se recusou a esclarecer qual a localização do suposto bem e com quem o negócio fora fechado.


 
“Ele foi autuado em flagrante pelo crime de usurpação de bem da União. Tudo que está no subsolo é bem da União e por isso ele vai responder processo contra a União. A pena prevista é de um a cinco anos e por isso não teve fiança arbitrada. O crime não é de menor poder ofensivo”, explicou o delegado.


 
Durante o interrogatório na PF o corretor disse que irá falar apenas em juízo. “O ouro foi percebido pelo sistema de raio X do porão do aeroporto. Os policiais federais foram acionados e constataram a presença do material. O dono da mala foi chamado para abri-la e admitiu ser dono do ouro. Depois disso, ele não respondeu nenhuma pergunta”, informou o delegado.


 
Com a prisão em flagrante, o corretor Francisco Marcelo Campelo, que mora na cidade de Val Paraíso (GO), passou o dia de Natal preso no Centro de Ressocialização de Cuiabá ( o antigo Carumbé). A Justiça Federal também já decretou a prisão preventiva do suspeito pelo período de 30 dias.


 
Operação Eldorado


 
Em novembro de 2012 o juiz substituto da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, Fábio Henrique Fiorenza, expediu 28 mandados de prisão temporária, oito de condução coercitiva e 64 de busca e apreensão para serem cumpridos pela PF. 


 
Na Operação Eldorado, em Cuiabá e no interior de Mato Grosso, foram presas quatro pessoas, cujo total da ação é 17. Foram apreendidos 20 quilos de ouro, avaliados em R$ 2 milhões e na empresa Parmetal em Cuiabá, valor em dinheiro de 12 moedas diferentes avaliadas em cerca de R$ 188 mil. Outros 2 quilos de ouro foram apreendidos no Pará.


 
Desde 2010, uma das três empresas investigadas pela operação movimentou R$ 150 milhões. A extração não era autorizada pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). 


 
A Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros e Desvio de Recursos Públicos (Delafin) da PF de Mato Grosso investiga, além de lavagem de dinheiro, os crimes ambientais (exploração ilegal de recursos minerais, destruição de áreas de preservação permanente e poluição), a organização criminosa também cometeu crime contra a ordem econômica (usurpação de bens da União) contra o Sistema Financeiro Nacional.





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