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Repórter News - reporternews.com.br
Carros & Motos
Quarta - 07 de Agosto de 2013 às 19:33

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No ano passado foram vendidos em todo o mundo cerca de 150 mil carros elétricos puros (a bateria), que corresponderam a apenas 0,2% do total de veículos comercializados. Por isso, surpreende a aposta de US$ 2,7 bilhões (R$ 6,2 bilhões) da BMW em sua nova submarca "i" (de inovação, integração e inspiração), cujos primeiros produtos são o i3 e o híbrido i8 (que chega dentro de alguns meses). Capacidade de produção inicial será de 40 mil unidades/ano.


 
Com pré-estreia simultânea em Nova York, Londres e Beijing, o i3 representa um conceito ainda mais ousado, por não aproveitar componentes já existentes em veículos convencionais. Até agora, apenas a Tesla abraçou a mesma estratégia, mas seu carro é caríssimo e vendido apenas em alguns estados americanos.


 
O elétrico da marca alemã partiu para outro conceito. Usa, pela primeira vez em grande série, estrutura total da carroceria em fibra de carbono, ligada a um chassi de alumínio. É material caro, extremamente leve e 50% mais resistente que o aço.


 
Todo o carro foi pensado para uso preponderantemente urbano. Seu porte é de BMW Série 1, com espaço interno de Série 3 e porta-malas de 260 litros -- equivalente ao de um compacto nacional (como Volkswagen Gol, Fiat Uno etc.). Monovolume, sem coluna central, suas duas portas traseiras são menores e têm abertura em sentido oposto ao convencional. No estilo, chamam atenção a reentrância das janelas traseiras (vidros não baixam) para melhorar visibilidade, o desenho das colunas traseiras e a porta de carga de vidro com lanternas integradas.


 
Entrar e sair do banco traseiro exige adaptação. Atrás, há bom espaço para pernas de dois passageiros (sem previsão para um terceiro), mas há limitações para os pés sob os bancos dianteiros. Na frente, o console não se estende até o painel justamente para facilitar a saída do motorista pela porta direita, conveniente em cidades.


 
Como se tratava de pré-estreia, não foi possível guiar o carro em Nova York. Ao analisar a ficha técnica, porém, é fácil concluir que ele será extremamente ágil no trânsito. Motor traseiro de 170 cv, 1.195 quilos, aceleração de 0 a 100 km/h em 7,2 segundos e diâmetro de giro de 9,9 m (ótimo para manobras). Distribuição de peso 50/50 por eixo não deixa dúvida de que se trata de um BMW. Segundo um engenheiro da fabricante, retomar de 30 a 70 km/h (típico em cidades) leva pouco mais de 4 segundos. Centro de gravidade baixo e cambagem negativa nas rodas traseiras (motrizes) indicam que vencer curvas será puro prazer, apesar dos pneus finos.


 
Quanto à autonomia, discurso da empresa é honesto: de 130 a 160 km (até 200 km, em modo de supereconomia); 12 horas para recarga normal a 110 V; carga rápida dedicada de 30 minutos repõe 80% da autonomia (mas mais de uma vez por mês compromete a vida da bateria). Solução interessante é um motor opcional, a gasolina (de dois cilindros e 34 cv), também traseiro, para estender a autonomia em mais 140 km. Tanque de nove litros, na frente, reequilibra os 50% de peso em cada eixo.


 
Vendas do BMW i3 começam na Europa em novembro e a importação para o Brasil, um ano depois. Mantida a tradição premium da marca, esse compacto deve se situar aqui na faixa dos US$ 100 mil (R$ 230 mil), se mantida carga fiscal de hoje.




Fonte: Do UOL

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