Publicidade
Repórter News - reporternews.com.br
Politica MT
Quinta - 27 de Maio de 2010 às 22:44
Por: Romilson Dourado

    Imprimir


Uma denúncia formalizada junto ao Ministério Público Federal pelo servidor Celso de Arruda, que tramita sob sigilo, levou o Superior Tribunal de Justiça a determinar, dentro da operação Asafe, busca e apreensão na casa do desembargador Evandro Stábile, presidente do Tribunal Regional Eleitoral. A acusação é gravíssima.

Celso afirma que uma advogada com atuação na área eleitoral em Mato Grosso fez espécie de pedido de socorro para frear o esquema de corrupção dentro do TRE, marcado por venda de decisões judiciais. Conta que existem histórias escabrosas.

Evandro Stábile, que comanda o TRE-MT  No depoimento feito em 5 de agosto do ano passado, Celso registra o seguinte: "(...) comenta-se que Stábile já ganhou algo em torno de R$ 2 milhões com venda de sentenças somente nas eleições de 2008 (...). Alerta que o esquema pode vir a render mais cifras ao magistrado no pleito de 2010. "Quando algum prefeito cai na mão do TRE-MT já tem que prevenir o bolso se quiser o seu mandato de volta. Isto se a cassação na Comarca já não tiver feito parte do pacote". Depois, lança mais acusações: "tirando o juiz Rui Ramos (desembargador) e a juíza federal Adverci (Rates), o presidente montou uma quadrilha dentro do TRE-MT sob chefia do mesmo". Diz ainda que todos os prefeitos cassados só voltam ao posto se pagar à Justiça.

O depoimento de duas páginas traz outros relatos que expõem por completo a imagem do Judiciário e dos membros da Côrte. Cita esquemas de negociação de sentença acerca das cassações dos prefeitos Clovis Damião, de Poconé, de Juarez Costa, de Sinop; de Juracy Rezende, o Buchudo (PT), de General Carneiro; de Júlio Ladeia, de Tangará da Serra; e ainda sobre a confusão em Alto Paraguai, onde Diane Vasconcelos tentou assumir de vez, sem êxito, o cargo de prefeito no lugar do eleito Adair Alves.

Denuncia também atuação de advogados como intermediadores do esquema, entre eles Eduardo Gomes, ex-prefeito de Alto Paraguai, e André Castrillo. "Se o mandato de um prefeito estão vendendo por até R$ 500 mil, imagine de um deputado ou governador!", alerta o servidor federal em depoimento ao procurador da República Thiago Lemos, numa demonstração de preocupação quanto à lisura do processo eleitoral deste ano. Veja abaixo o conteúdo do depoimento do servidor, que lança suspeição sobre várias autoridades e advogados.

 




Fonte: RD News

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/130346/visualizar/