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Repórter News - reporternews.com.br
Agronegócios
Sexta - 30 de Abril de 2010 às 15:24
Por: Sérgio Édison

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As regiões Norte e Médio-Norte estão atrasadas no ensino técnico e tecnológico. Os investimentos ainda são tímidos, enquanto diversos setores da economia local, principalmente o agronegócio, necessitam de mão-de-obra qualificada para continuar crescendo em municípios como Sorriso, Lucas do Rio Verde, Sinop, Nova Mutum e Alta Floresta. Mato Grosso acompanha uma tendência nacional. De acordo com uma pesquisa da Universidade Estadual de Campinas, nos últimos dez anos, menos de 1% dos estudantes formados no Brasil vêm de cursos técnicos ou tecnológicos.

É o Brasil andando na contramão nesse segmento educacional. Só para se ter uma idéia, no Chile, esse número é de 22%. O país que mais se destaca na pesquisa é a Coréia do Sul, que entre os anos de 1972 e 2002, obteve crescimento de 1.800% nesse tipo de graduação, e tem 37% dos graduados no ensino superior, formados pelo ensino técnico.

“Além de a nossa região necessitar de bons profissionais para a agricultura e à pecuária, o Nortão de Mato grosso necessita de especialistas, técnicos, tecnólogos, enfim, profissionais de todas as graduações e formas de ensino para garantir a industrialização da sua produção”, afirma Paulo Agroverde, empresário em Sorriso. "Para crescer não basta ter bacharéis. Precisamos", acrescenta.

Em Sorriso, empresas voltadas ao agronegócio estão sendo obrigadas a recrutar pessoas até em outros estados para ocupar cargos na região. A saída seria intensificar os investimentos em educação técnica e tecnológica no município. "O aluno de escolas técnicas ou de educação tecnológica tem menos tempo de curso. Isso não quer dizer que ele seja pior ou aprenda menos do que o graduado de maneira tradicional. São profissionais diferentes e necessários para as atividades agrícola, pecuária e agroindustrial", destaca Paulo.

Ao se formar, o novo profissional estará apto para planejamento, implementar e coordenar a gestão nas diversas áreas do agronegócio, além de desenvolver estudos de viabilidade técnico-financeira de projetos em agricultura, pecuária, agroindústria e logística.

O agronegócio e a industrialização da produção agrícola exigirá grandes investimentos em educação técnica para melhorar a oferta de mão-de-obra especializada na região. Para o empresário, Sorriso está perdendo a grande oportunidade de se transformar em pólo regional na educação voltada a esse tipo de educação. Segundo ele, o município está no centro de uma grande região de farta produção agrícola. “Temos que atrair para cá, com urgência, faculdades e escolas técnicas que atendam as necessidades dos demais municípios da região”, sugere Paulo, citando Ipiranga do Norte, Itanhangá, Nova Ubiratã, Lucas, Vera e Sinop.

Paulo Agroverde cita como exemplo São Paulo, onde a implantação de escolas técnicas é uma prioridade e que coloca no mercado de trabalho milhares de jovens com salários acima de R$ 2 mil. “É assim que se desenvolve uma região, uma nação: em cima de oportunidades, e não em cima de promessas. É isso que eu penso e é isso que eu vou priorizar e esse é o motivo pelo qual pretendo entrar na política”, conclui o empresário.

Em Sorriso, já funciona Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato (IFMT), mas que oferece, por enquanto, apenas os cursos técnicos de gestão com habilitação em secretariado  e manutenção e suporte em Informática. A Faculdade de Sorriso (Fais) oferece o Curso Superior de Tecnologia em Agronegócio. 





Fonte: ClicHoje

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