Álcool segue em queda e já é vantajoso em MT e mais sete Estados
Depois de um aumento generalizado no fim do ano passado e nos dois primeiros meses deste ano, o preço do álcool cede por todo o País, mas ainda perde em competitividade para a gasolina na maioria do território nacional. Segundo levantamento feito pelo Terra com base na pesquisa de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a média nacional do litro do combustível renovável caiu 9,47% nas últimas quatro semanas e já é vantajoso abastecer veículos flex com etanol em oito Estados - em fevereiro isso ocorria em apenas um Estado.
De acordo com o levantamento da ANP, é mais interessante economicamente rodar com álcool em Goiás, São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Bahia. Nos demais Estados, a diferença entre o preço da gasolina e do álcool é menor que 30% e vale mais a pena abastecer com o derivado de petróleo, já que ele tem autonomia 30% maior.
São Paulo registrou a média de álcool mais barata do País (R$ 1,409) e a diferença para a gasolina (R$ 2,436) foi de 42,16%.No Paraná, a diferença é de 41,16%, em Goiás de 40,69%, em Mato Grosso de 36,29%, no Tocantins de 32,87%, na Bahia de 32,21%, no Mato Grosso do Sul, de 31,03% e no Rio de Janeiro de 30,55%.
Já o Acre tem o litro mais caro (R$ 2,495) e a menor diferença (16,34%). A pesquisa feita pela ANP entre 3 e 10 de abril leva em conta os preços médios por litro de cada combustível oferecido pelos postos ao consumidor. Com relação à pesquisa anterior, feita de 27 de março a 3 de abril, o preço do álcool recuou em 21 Estados.
Como o valor do litro pode variar bastante conforme o posto, vale a pena fazer a conta antes de decidir. Por exemplo, em São Paulo, é possível encontrar álcool de R$ 1,149 até R$ 1,999 por litro.
A conta para decidir pelo combustível é simples. Multiplique o preço da gasolina por 0,7. Se o resultado for maior que o preço do álcool, compensa abastecer com o combustível renovável. Se o valor da multiplicação for menor que o do álcool, a gasolina é mais vantajosa.
Redução de álcool na gasolina
Em vigor a partir do dia 1º de fevereiro, a diminuição do percentual de álcool misturado na gasolina é uma medida do governo para tentar aumentar a oferta do combustível renovável e estancar a alta dos preços. A medida terá vigência de 90 dias e, segundo o Ministério de Minas e Energia, aumentará a oferta de etanol em cerca de 300 milhões de l.
Para segurar o preço da gasolina, que poderia aumentar com a redução da mistura de álcool, o governo reduziu a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que incide sobre a gasolina, em R$ 0,08 por litro.
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