O corpo da jovem Eloisa Madalena Ferreira, de 22 anos, encontrado carbonizado dentro de uma casa que pegou fogo na segunda-feira (29) de manhã, no bairro Jardim Primavera II, no município de Lucas do Rio Verde (350 km de Cuiabá), estava com sinais de estrangulamento, reforçando a suspeita da Polícia Civil de que houve um homicídio.
“No pescoço da vítima havia restos de um pedaço de corda. E a língua de Eloisa estava parcialmente exposta, como ficam as vítimas de estrangulamento. Isso sugere asfixia mecânica por estrangulamento. Sugere, não quer dizer que ela morreu disso, por isso precisamos do laudo do médico legista”, explicou o delegado Marcelo Torhacs, em entrevista à imprensa do município, nesta terça-feira.
Torhacs disse ainda que, em virtude desses vestígios encontrados preliminarmente, a linha investigativa adotada pela Polícia Civil é de homicídio com tentativa de ocultação de cadáver. “Vamos aguardar as conclusões do médico legista e dos peritos criminais. Se confirmar essa tese, nós teríamos então um homicídio seguido de uma tentativa de ocultação do cadáver”, disse o delegado.
Corrobora com a suspeita do delegado o fato de a mulher não ter reagido ao fogo. Isso levanta a suspeita de que ela não estaria mais viva quando as labaredas subiram. Os laudos da perícia devem ficar prontos em até 30 dias.
O delegado disse também que já existem suspeitos, mas não entrou em detalhes, já que as investigações estão no começo. Marcelo Torhacs já ouviu o depoimento do marido da vítima, que no momento do incêndio não estaria em casa. Os dois filhos do casal estavam na casa dos avós, em Guarantã do Norte (732 km da capital), passando as férias escolares.
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