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Cidades/Geral
Sexta - 09 de Abril de 2010 às 16:38
Por: Alexandre Alves

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A vereadora e advogada Regiane Rodrigues de Freitas, presa há cinco meses sob acusação de liderar o tráfico de drogas em Colíder (650 km de Cuiabá), está depondo esta tarde a vereadores da comissão de ética da Câmara. Ela admitiu conhecer pessoas acusadas de envolvimento com entorpecentes, mas negou ser líder do tráfico na cidade, conforme denunciou o delegado da Polícia Civil, Sérgio Ribeiro.

“Eu estive perto desses suspeitos de entorpecentes, mas sou totalmente inocente das acusações, não sou financiadora do tráfico, nunca me associei com traficante de drogas”, afirmou ela ao relator da comissão.

“Meu único problema, em uma fase terrível para mim, foi que me levou a procurar consumir substâncias entorpecentes, talvez para fugir um pouco do que estava me acontecendo. Fui na ilusão de aquilo poderia me ajudar. Admito que foi um erro muito grande. Só procurei esses suspeitos, que são co-réus no processo, para adquirir a substância. Não sou associada ao tráfico de drogas em Colíder e não faço parte de nenhuma organização”, disse a parlamentar.

O depoimento começou às 14h e está sendo a portas fechadas, em uma sala de áudio e vídeo. Amigos, familiares estão acompanhando Regiane. A imprensa local assiste ao depoimento, mas não pode filmar, fotografar ou gravar.

De acordo com Nortão Online, site com base em Colíder, a acusada está aparentemente calma, muito elegante em um terno azul, e declarou que após o depoimento vai conceder entrevista. Agentes da Sejusp estão fazendo a segurança do local.

Ela está falando à comissão de ética sem ter nenhum processo de cassação aberto ainda. Parte dos vereadores pretende que ela seja afastada do cargo e que o suplente assuma. Contudo, após o depoimento de hoje, junto com de testemunhas, não é descartado que um processo por quebra de decoro comece a tramitar naquele Legislativo.

A acusação

De acordo com o delegado Sérgio Ribeiro Araújo, por seis meses, em 2009, foi investigada uma quadrilha de traficantes na cidade, inclusive com gravações telefônicas autorizadas pela Justiça. O delegado afirma que Regiane era comandante da quadrilha, fornecendo veículo ou passagens de ônibus para que fossem buscar drogas em Sorriso e revender em Colíder.

Aduz ainda o delegado que a vereadora também guardava o entorpecente em casa, depois repassando para outro traficante, que por sua vez entregava para “varejistas”, responsáveis pela venda aos usuários e o abastecimento de pontos de distribuição.






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