Prestes a assumir cadeira de governador, Silval Barbosa recebe adesão de gestores de diferentes legendas, uns de forma espontânea e outros motivados pelo temor de perder recursos do Estado
Com poder da máquina, Silval atrai prefeitos de siglas como DEM e PPS
Empurrado pela força da máquina pública, o peemedebista e pré-candidato à sucessão estadual Silval Barbosa tem atraído apoio de prefeitos de diferentes partidos, inclusive daqueles que sinalizam para adesão a outras candidaturas majoritárias. Embora patine nas pesquisas de intenção de voto, Silval vive uma situação privilegiada. Sai do posto de vice para a cadeira de governador a partir de 31 de março e, no cargo de chefe do Executivo de um Estado que detém quase R$ 9 bilhões de orçamento e praticamente 100 mil servidores, para concorrer ao Palácio Paiaguás. De quebra, ainda fará "dobradinha" na campanha com o governador Blairo Maggi, que apresenta boa popularidade e pretende disputar o Senado.
Silval tem feito um grande esforço por maior visibilidade, ao ponto de ser acusado pelos adversários de usar a máquina com fins eleitoreiro. Estão também no páreo para governador o tucano Wilson Santos, o socialista Mauro Mendes e o democrata Jayme Campos.
O peemedebista tem participado das solenidades de entrega dos 705 equipamentos pesados adquiridos pelo governo estadual, por meio de financiamento, para as prefeituras. É nessa hora que se empolga com as declarações de apoio a sua pré-candidatura. De um modo geral, prefeitos, que se tornam cabos eleitorais importantes nas eleições para presidente, senador, governador e deputado estadual e federal, se vêem acuados pelo Paiaguás. Alguns se manifestam naturalmente, por entender que Silval "é um bom candidato", mas outros temem contrariar o homem que está prestes a adquirir, na prática, o poder da caneta, e vir a sofrer espécie de boicote quanto aos investimentos do Estado em seus municípios.
Gestores de vários partidos têm ressaltado o que chamam de perfil municipalista de Silval, que foi prefeito de Matupá (Nortão), deputado estadual e exerce mandato de vice-governador desde janeiro de 2007. Consideram que o peemedebista tem raiz fincada no interior e sua candidatura representa a continuidade da gestão Maggi.
Apoios
Entre os prefeitos que declaram apoio a Silval estão Juviano Lincoln (PPS), de Diamantino; Roland Trentini (DEM), de Alto Garças; Neurilan Fraga (PR), de Nortelândia; Farid Tenório (DEM), de Arenápolis, Francisco de Medeiros (PT), de Nova Olímpia; Wilson Francelino de Oliveira (PDT), de Barra do Bugres; Benedito de Oliveira (PPS), de Porto Estrela; Fernando Zafonato (DEM), de Matupá; Aurelino Brito (PT), de Novo Mundo; e Gilberto Mendes Leocini (DEM), de São José do Xingu. São gestores de partidos que ou lançaram pré-candidatos a governador, como o DEM de Jayme, ou que tendem a apoiar outros nomes, como o PPS e PDT, que estão praticamente fechados com Mendes. Em termo de adesões de prefeitos Silval leva vantagem. Resta saber como fica a preferência dos eleitores em geral.
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