O reitor Taisir Karim terá que explicar aos deputados como investe o orçamento de R$ 117 milhões repassado pelo governo.
Criada há 2 meses, CPI da Unemat só começa após "ressaca" do Carnaval
Instalada há quase dois meses, a CPI da Unemat ainda não saiu do papel. Por enquanto, apenas serve para munir os discursos dos deputados que tentam alfinetar o governo Blairo Maggi (PR). Logo após o fiasco da primeira tentativa de aplicação das provas, em 22 de novembro, os deputados “bombardearam” a instituição de ensino e, diante da frustração dos candidatos, resolveram criar a CPI para investigar supostas irregularidades na gestão do reitor Taisir Karim.
Após o retorno dos deputados do recesso legislativo, a expectativa era de que os trabalhos efetivamente começassem. Contudo, o assunto esfriou e até agora os deputados sequer definiram os cargos a serem ocupados por cada membro. Os nomes dos integrantes da comissão foram divulgados em 17 de dezembro, mas devido às discussões em torno da apreciação do orçamento de 2010, o assunto foi deixado de lado. Depois veio o recesso parlamentar e, agora, os deputados só pretendem retomar o debate depois do período carnavalesco.
Eles garantem que a CPI será “desenterrada” após a ressaca da folia. “Por enquanto, nada foi definido. Isso vai ocorrer quando retornarmos do Carnaval”, afirma o autor do requerimento que culminou na abertura da CPI, deputado Percival Muniz (PPS). Os parlamentares têm 180 dias para investigar as supostas irregularidades e apresentar o relatório final.
Na condição de membros titulares, participam da CPI os deputados Percival Muniz, Jota Barreto (PR), Airton Português (PP), José Domingos Fraga (DEM) e Adalto de Freitas (PMDB). A suplência foi preenchida por Antônio Brito (PMDB), Dilceu Dal Bosco (DEM), Mauro Savi (PR), Antônio Azambuja (PP) e Guilherme Maluf (PSDB).
Em 2009, o orçamento da Unemat foi de R$ 110 milhões. Para este ano, estão previstos R$ 117 milhões. A gestão Taisir prossegue até 2011. A Unemat possui 11 campi universitários, em pontos distintos do Estado, sendo eles Alta Floresta, Alto Araguaia, Barra do Bugres, Cáceres, Colíder, Juara, Luciara, Nova Xavantina, Pontes e Lacerda, Sinop e Tangará da Serra.
Ao todo são 13 núcleos pedagógicos, tocados por 664 professores e 512 funcionários técnico-administrativos, além de 196 contratados. A instituição oferece 82 cursos regulares e modalidades diferenciadas, além de 49 especializações e dois mestrados institucionais. Por isso, entre os itens que serão investigados, está o modo como os recursos repassados pelo governo do Estado são aplicados e gerenciados por Taisir.
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