São-paulino Rogério põe fim a seca de gols e marca pela 1ª vez no ano

Fazia mais de um ano que o torcedor são-paulino não presenciava uma cena que, em anos anteriores, tinha se tornado bastante comum.

Após um chute certeiro seu balançar as redes, o goleiro Rogério, do São Paulo, comemorou seu feito, inédito neste ano, com o braço direito erguido, enquanto disparava de volta para sua própria meta.

A última vez em que o camisa 1 marcara um gol foi no Brasileiro do ano passado. No dia 20 de outubro de 2008, o goleiro anotou um dos gols do empate em 2 a 2 ante o Palmeiras.

Trezentos e setenta dias depois, um gol do capitão são-paulino definiu a vitória do São Paulo contra o Santos de 4 a 3. Foi o 84º tento da carreira de Rogério.

Contudo, seis minutos após finalmente encerrar seu incômodo jejum pessoal, Rogério perdeu a chance de deixar a Vila Belmiro ovacionado, como o herói do clássico.

Ao tentar parar uma tentativa de ataque de Jean, o camisa 1 saiu da área e derrubou o atacante santista. Após o lance, reclamou de dores no ombro. Foi atendido pelos médicos. Esperou passar alguns minutos. Mas suas tentativas de "esfriar o jogo" foram em vão.

Rogério recebeu o cartão vermelho. Revoltado com a expulsão, pediu satisfações a Carlos Eugênio Simon, que o repeliu repetindo a mesma frase: "Não encoste em mim".

Xingado pela torcida santista, Rogério saiu de campo esbravejando contra o árbitro. "Ele me persegue. Fazer o quê? Ele sempre faz isso", reclamou o goleiro, enquanto deixava o gramado da Vila.

"Só quero pedir para esse cidadão não apitar mais jogos do São Paulo. Trombada acontece toda hora. Não acho justo esse cara apitar meu jogo", completou o camisa 1 são-paulino.

Mas, mesmo expulso, Rogério conseguiu manter outra estatística a favor do time do Morumbi. Jamais o São Paulo perdeu partidas quando seu goleiro, em cobranças de falta ou de pênalti, foi um dos responsáveis por balançar as redes.

Neste domingo não foi diferente. O goleiro saiu da Vila Belmiro vitorioso. Mas também se tornou, até agora, o único desfalque da equipe para o confronto direto contra o Internacional, quarta-feira, no Morumbi.

Mais uma vez, o time não atuará completo com seus 11 titulares. A única vez em que isso aconteceu desde a chegada de Ricardo Gomes, em junho, foi no empate sem gols contra o Palmeiras, no final de agosto.

O substituto de Rogério ainda é uma incógnita. Desde que o goleiro retornou ao time, em agosto, após passar quatro meses se recuperando de uma fratura no tornozelo, Ricardo Gomes promove revezamento no banco entre Bosco e Denis.

Ficar sem seu principal jogador, porém, já se tornou corriqueiro para o São Paulo. Dos 31 jogos do Brasileiro, Rogério atuou em somente dez. Denis foi o titular da meta são-paulina em outros 15, e Bosco, nas seis partidas restantes.