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Politica Brasil
Domingo - 27 de Setembro de 2009 às 21:44

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Na onda da Copa do Mundo de 2014 em Cuiabá, o governador Blairo Maggi acabou por instituir, de forma indireta, o terceiro mandato. Ele já sancionou o projeto aprovado pelos deputados, inclusive com seis emendas, criando a Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Pantanal. Trata-se de uma autarquia que terá presidente, seis diretores-executivos e cerca de 80 outros cargos, todos sob nomeação de Maggi. Assim, ele deixa o comando do Estado em dezembro de 2010, mas continua ditando as regras na Agecopa pelos próximos cinco anos, até o final de 2014, quando vencem os mandatos dos diretores.

Cada um dos 7 diretores com mandato de 5 anos começa com salário de R$ 12,3 mil; o subsídio para os quase 100 cargos DAS de coordenadoria, assessoria e de comissões de licitação varia de R$ 900 a R$ 7,5 mil

Os recursos previstos para serem tocados pela Agência podem superar a R$ 6 bilhões, considerando também investimentos privados. Esse montante representa 90% do orçamento anual do governo do Estado. Maggi chegou a alimentar a expectativa dele próprio presidir a Agecopa, mas, como teria de renunciar ao mandato de governador, decidiu então nomear ao posto o seu amigo pessoal Adilton Sachetti, ex-prefeito de Rondonópolis e hoje secretário de Apoio às Políticas Ambientais.

Já foram escalados também para a Agência os secretários Yuri Bastos (Desenvolvimento do Turismo) e Yênes Magalhães (Planejamento e Coordenação Geral). A quarta e quinta vagas são disputadas por quatro membros do staff do governo: Geraldo de Vitto, que comanda a Administração, Paulo Roberto, adjunto da SAD, Jefferson de Castro, que conduz o Escritório de Representação de Mato Grosso em Brasília, e Edmilson dos Santos, adjunto da secretaria de Fazenda. Todos serão exonerados da estrutura do Estado e também precisam se desfiliar de partidos para poder assumir a Agecopa.

Dessa forma, dos sete diretores-executivos, cinco serão indicação pessoal de Maggi. Os outros dois virá da Assembleia Legislativa e da Prefeitura de Cuiabá, que já sugeriu o nome de Agripino Bonilha Filho. Cada diretor vai ganhar inicialmente R$ 12,3 mil. O mandato, sem direito a exoneração, a não ser por falta grave, se estende pelos próximos cinco anos. Além da Diretoria Colegiada, a Agecopa vai contar com quase 100 cargos, a serem distribuídos entre coordenadores, assessores e membros de comissões especiais de licitação, com subsídios entre R$ 900 a R$ 7,5 mil.

Maggi é governador desde janeiro de 2003. No pleito de 2006, reconquistou o mandato. Está agora no sétimo e penúltimo ano de gestão. Com a Agecopa, ele continuará, mesmo fora da cadeira de chefe do Executivo Estadual, exercendo forte poder de influência. Ao futuro governador, que tomará posse em 1º de janeiro de 2011, só caberá acompanhar e assistir "de camarote" as ações da Agecopa, administrada pela turma da botina com carimbo de Blairo Maggi.





Fonte: RD News

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