Economia de Tangará da Serra mostra estagnação por falta de investimentos

A taxa de desemprego no Brasil pode chegar a 11% este ano, segundo previsões de economistas consultados pela grande imprensa. Os municípios, a partir do início deste ano, tem apresentado queda nas suas arrecadações. A taxa de incidência da pobreza em Tangará da Serra é superior a 30%.

Todas estas informações “importantemente” negativas apontam para um horizonte nebuloso em vários aspectos. Se a economia vai mal, a saúde pública vai mal, a educação vai mal, enfim, todos os serviços públicos vão mal. Se tudo vai mal, sobra – é claro – para o cidadão.

Então, qual a solução para engordar vacas magras nestes tempos bicudos? A resposta é: Atração de investimentos privados. Novas empresas representam para uma cidade novos empregos, geração de renda e novas divisas para os cofres públicos. A atração de investimentos, diga-se de passagem, é uma das atribuições das gestões públicas. Com 80 mil habitantes e uma economia diversificada, com destaque para o comércio e a prestação de serviços, Tangará da Serra se ressente de mais investimentos privados para desenvolver a economia e absorver a mão-de-obra disponível.

Na cidade sobram áreas que podem ser destinadas a novas empresas. Há, inclusive, uma área destinada à instalação de empreendimentos industriais. Também há uma lei de incentivos fiscais e o clamor da população por mais empregos. Sendo assim, os investimentos privados vem à cidade aos borbotões, certo? Errado!

Os últimos investimentos privados em Tangará da Serra foram duas concessionárias de veículos, ano passado, e algumas empresas menores. Grandes investimentos foram verificados, primeiramente, com um frigorífico de frangos, no início da década de 1990; um frigorífico bovino, na segunda metade da mesma década, e uma indústria de beneficiamento de polpa de frutas, que começou a ser viabilizada em 2003 e entrou em operação em 2005. E mais nada.