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Politica Brasil
Domingo - 10 de Maio de 2009 às 10:25
Por: Téo Menezes

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Vereadores por Cuiabá apresentam gastos inusitados com a verba indenizatória. Isso é o que aponta a primeira prestação de contas disponibilizada pela Câmara na Internet e que mostra o pagamento a jornais alternativos para divulgação de matérias de interesse e até compra de combustível a um um único parlamentar suficiente para cruzar três vezes em um mês o país de Norte a Sul.

A divulgação da prestação de contas referente ao mês de março está sendo feita pelos vereadores no site da Câmara na Internet desde a segunda-feira (04), conforme revelou A Gazeta. Pelo portal "www.camaracba.mt.gov.br", qualquer cidadão pode ver que o vereador Chico 2000 (PR) diz ter gasto no mês passado R$ 1 mil no pagamento ao jornal A Notícia MT para divulgação de matéria de seu interesse.

O vereador Ivan Evangelista (PPS) informa ter gasto R$ 3,5 mil com combustível. Como cada litro custa em média R$ 2,50 em Cuiabá, o valor é suficiente para comprar 1,4 mil litros. Já que um automóvel popular pode rodar 10 km por litro, a gasolina é suficiente para um carro fazer o trecho de 14,4 mil km, ou seja, ir três vezes de Chuí (RS) ao Monte Caburaí (RR), ponto mais ao Norte do Brasil. A distância entre os pontos extremos em linha reta é de 4.320 km.

O gasto apresentado por Ivan Evangelista com combustível corresponde praticamente ao teto permitido pela Câmara, ou seja, ele gastou com gasolina 37% do total da verba indenizatória, quando o máximo possível é 40%. Cada parlamentar tem direito a gastar por mês R$ 9,2 mil com o exercício do mandato.

A verba indenizatória foi criada para que os vereadores paguem material de escritório, contas de telefone e contratação extraordinária de assessoria especializada, já que eles também recebem mensalmente R$ 12,1 mil para contratação de funcionários sem a realização de concurso público, além do salário de R$ 9,2 mil.

Praticamente todos os 19 vereadores cuiabanos usaram a verba indenizatória com combustível e contratação de assessoria especializada. Até essa sexta, no entanto, oito vereadores ainda não tinham os dados divulgados. A divulgação se deu por ordem da Mesa Diretora da Câmara sob pretexto de que isso vai permitir maior fiscalização popular sobre os gastos públicos.




Fonte: A Gazeta

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