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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Sexta - 28 de Junho de 2013 às 15:35

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Materiais descartáveis sendo reutilizados, ambulâncias sucateadas, contratos de serviços e de profissionais vencidos, além da falta de manutenção no prédio que comporta a sede do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) são alguns dos problemas enfrentados diariamente pelos médicos, enfermeiros, técnicos e condutores socorristas que atuam em Cuiabá e região.


 
Devido aos caos no setor, os profissionais ameaçam paralisar as atividades. Na tarde desta quarta-feira (26), por exemplo, o diretor-geral do serviço em Mato Grosso, Daud Mohd Khamis Jaber, pediu exoneração.


 
Médico socorrista há 9 anos, Celso Vargas informa que o descaso com o setor tem prejudicado o atendimento à população, que acaba não recebendo o devido respaldo. “Temos ambulância que em determinados atendimentos chega a operar sem oxigênio. As portas dos veículos já não travam corretamente, os bancos estão em estado precário, sequer água temos para lavar as mãos e limpar as ambulâncias após os atendimentos”.


 
Segundo balanço divulgado pelo setor, são feitos diariamente 2 mil orientações via telefone e cerca de 120 atendimentos. Condutor socorrista há 6 anos, Rodrigo Pereira retrata o descaso e se emociona ao falar sobre a ausência de investimentos. Segundo ele, as promessas realizadas pelo atual secretário Estadual de Saúde (SES) não foram cumpridas. Exemplo disso são as 9 novas ambulâncias que até o momento não estão operando.


 
A aquisição foi feita, após o motor de um dos veículos fundir durante atendimento no bairro Tijucal. O caso foi registrado em abril deste ano e, na época, os profissionais ameaçaram parar.


 
Para evitar a situação, a SES elencou melhorias que seriam tomadas com urgência, porém, segundo os profissionais, nada foi resolvido. Materiais descartáveis, como talas imobilizatórias e colares cervicais, estão sendo higienizados pelas equipes do Samu, pois não há recursos para aquisição de novos. Segundo o enfermeiro Paulo Antônio Ferreira Junior, os profissionais limpam os itens com água, sabão e hipoclorito de sódio para outros atendimentos.





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