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Nacional
Quinta - 19 de Março de 2009 às 07:24

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O vereador de Curitiba (PR) João Galdino de Souza, o professor Galdino, foi expulso do PV (Partido Verde) depois de demitir dois militantes do partido que não compareciam ao trabalho na Câmara Municipal. A expulsão ocorreu na noite de anteontem, em reunião da Executiva do PV no Paraná.

Galdino disse que há um mês havia dito à direção do PV que os dois militantes, lotados em seu gabinete, seriam demitidos caso não comparecessem ao trabalho. ''Não se pode utilizar dinheiro público para sustentar funcionários fantasmas ou invisíveis'', disse Galdino.

Em entrevista ontem em Curitiba, o presidente do PV-PR, Melo Viana, disse que, ''estatutariamente'', os dois militantes, com salário de R$ 3.900 e R$ 900, não precisavam comparecer à Câmara, já que foram contratados pelo gabinete de Galdino para servirem ao PV.

Em nota, o PV disse ontem que a expulsão de Galdino foi motivada por uma denúncia de assédio sexual contra uma assessora parlamentar do partido, que trabalhava até dezembro para o vereador não reeleito Paulo Salamuni. Ela havia sido indicada pelo PV para trabalhar no gabinete de Galdino.

Na nota, Galdino é acusado de pedir sexo oral à assessora, em troca de salário de R$ 5.000 por mês no gabinete. Katia Rosana Curtis de Mello, a assessora, disse ontem à Folha que o suposto assédio aconteceu no dia 18 de dezembro, na diplomação dos vereadores eleitos de Curitiba. Ela disse que preferiu não registrar denúncia contra Galdino na época.

Galdino disse que o suposto assédio "é uma armação, pois querem a vaga de vereador para o suplente que não foi eleito [Paulo Salamuni]''. Segundo ele, Katia seria contratada em janeiro, mas exigia um mês e meio de férias antes de iniciar seus trabalhos de assessora. ''Como poderia contratar alguém que pede férias antes de começar a trabalhar? O dinheiro público não pode ser usado dessa maneira'', disse.

O vereador disse que irá recorrer à direção nacional do PV e ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) contra a sua expulsão. O PV também irá ao TRE, mas para pedir a vaga de Galdino na Câmara Municipal de Curitiba para o partido.





Fonte: Agência Folha

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