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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Quarta - 18 de Março de 2009 às 16:32

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A decisão do Federal Reserve (banco central dos EUA) provocou uma brusca inversão de direções nos mercados de capitais desta quarta-feira, fazendo as Bolsas de Valores dispararem e o câmbio doméstico ceder com força. Os preços da moeda americana chegaram a R$ 2,309 no pico do dia, mas desceram para R$ 2,251 nas últimas operações do dia, o que significa um decréscimo de 1,48% sobre a cotação de ontem.

Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 2,430, em alta de 0,82%.

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) registra alta de 1,69%, aos 40.212 pontos. O giro financeiro é de R4 4,36 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 1,22%.

O Federal Reserve, conforme esperado, manteve os juros básicos dos EUA na faixa de zero a 0,25% ao ano. Também anunciou uma oferta de recursos superior a US$ 1 trilhão para o sistema financeiro, uma operação esperada com ansiedade pelos agentes financeiros.

"Não havia mais o que mexer nos juros e a grande expectativa era sobre o que o 'Fed' poderia fazer em termos de política monetária, com uma possível injeção de recursos. O que foi anunciado, me parece, foi bem melhor do que muitos esperavam, pelo menos não na quantidade e no apetite que ele mostrou", comenta Reginaldo Galhardo, diretor da corretora de câmbio Treviso.

O profissional da Treviso sublinha a "surpresa" do mercado pelo rápido movimento do euro, que saltou de pouco mais de US$ 1,30 para US$ 1,33 sem transição. "Nós já víamos há alguns dias a migração de recursos para ativos europeus, mesmo entre aqueles investidores que tinham muitas aplicações em títulos do Tesouro americano, em alta por causa da aversão ao risco", comenta Galhardo.

"Quando o mercado percebeu que os juros americanos vão permanecer em baixa por um bom tempo, e que algumas aplicações teriam até rendimento negativo, por causa da inflação, essa migração ficou mais forte", acrescenta, ressaltando que, no mercado doméstico também houve uma saída de recursos --do mercado futuro de dólar para a Bolsa de Valores e juros.

Juros futuros

O mercado futuro de juros, que serve de referência para as tesourarias dos bancos, promoveu um novo forte ajuste nos contratos mais negociados.

No contrato com vencimento em abril de 2009, a taxa projetada cedeu de 11,08% para 11,03%; no contrato para vencimento de janeiro de 2010, a taxa prevista caiu de 9,95% para 9,84%; e no contrato que vence em janeiro de 2011, a taxa projetada recuou de 10,28% para 10,10%.





Fonte: Folha Online

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