Dilma descarta gabinete de crise e diz que oposição ainda tem visão do tempo do apagão
"Gabinete da crise, não existe isso. Quem faz o acompanhamento da crise é o governo inteiro, não tem uma parte do governo que olha a crise e outra parte que também olha a crise. Essa é a visão do apagão, que você tinha uma crise de energia elétrica e aí querem reproduzir isso sempre", disse a ministra, depois de reunião na sede da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), em Brasília.
Dilma disse que o combate aos impactos da crise financeira internacional é um esforço coletivo do governo federal e, não apenas de setores específicos, daí a exclusão da possibilidade de criar um gabinete destinado exclusivamente para tratar do tema. A ministra evitou associar a discussão ao debate político eleitoral.
"Hoje o Brasil inteiro tem de se voltar no combate à crise. Não é possível que fique se vendo debate eleitoral em tudo. Nós hoje temos uma preocupação central que é combater a crise. O governo do presidente Lula inteiro está comprometido. Essa política de gabinete de crise é a política de quem não segurou a barra e teve apagão", disse ela.
Nas duas reuniões que participou hoje, em Brasília, com a bancada parlamentar do Nordeste e os religiosos da CNBB, Dilma reiterou que, apesar do agravamento da crise, o Brasil está sustentado em "fundamentos fortes" e que as circunstâncias estimulam oportunidades para o país, como o fato de exportar petróleo, quando no passado importava o produto.
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