Lupi diz que empresas não podem usar crise para "dar uma de esperto" e demitir
Lupi reiterou que as empresas que não derem garantia de que irão manter o emprego dos trabalhadores não terão mais acesso a empréstimos com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
“As liberações de recursos que tínhamos que fazer já foram colocadas. O saldo do FGTS e do FAT estão acima da previsão, por causa da grande empregabilidade que tivemos em 2008. Agora, aqui no Ministério do Trabalho [empréstimos] com recursos do FGTS e do FAT têm que estar amarrados com a garantia dos empregos. Se não tiver, isso eu garanto, não sai mais um centavo”, afirmou Lupi. O ministro reafirmou que um grupo de trabalho dos Conselhos Deliberativos dos dois fundos acompanharão se as empresas que tomaram financiamento com recursos públicos estão ou não realizando contrapartidas sociais.
Esse monitoramento será feito, de acordo com Lupi, por meio do cruzamento dos dados de empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). “Se está recebendo do fundo, como pode estar mandando embora? Para quê serve esse dinheiro público? Nossa intenção, além de ajudar a empresa a passar pela fase de dificuldade, é garantir o emprego do trabalhador”, ressaltou o ministro.
Lupi não descartou a possibilidade de aumento do número de parcelas do seguro-desemprego em setores com altos índices de desemprego. “Poderá acontecer em áreas em que o desemprego for maior. Estamos em um momento em que temos que ter muita tranquilidade. Acho que estamos atravessando o pior momento da crise”, avaliou.
De acordo Lupi, os dados do Caged serão divulgados na próxima segunda-feira (19) e devem vir, nas palavras do ministro, com números bem maiores do que a média do mês de dezembro, que costuma ser de menos de 300 mil postos de trabalho.
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